quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Argentina cobrará tarifa para filmes estrangeiros exibidos no país


Argentina cobrará uma tarifa aos filmes estrangeiros que forem exibidos nas telas do país com o objetivo de promover o cinema nacional, segundo uma resolução publicada nesta terça-feira no Diário Oficial.
A presidente do Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (INCAA), Liliana Mazure, assinou a resolução na qual se estabelecem taxas que as produtoras deverão pagar em função do número de salas onde os filmes estrangeiros serão exibidos, assim como de sua localização.
Na cidade de Buenos Aires os filmes estrangeiros deverão pagar uma tarifa desde o equivalente a 300 ingressos de cinema pelo total de telas nas quais serão exibidos, quando as cópias não forem mais de 40, até o valor de 12 mil ingressos quando forem distribuídas mais de 161 cópias do filme.
Para poder serem exibidos no resto do país, as taxas caem para a metade.
O valor do ingresso será uma média do preço de mercado das salas comerciais de exibição da capital argentina, que será publicado bimestralmente pelo INCAA.
As entradas para o cinema nas grandes cadeias comerciais de salas de exibição na Argentina custam entre US$ 3,8 e US$ 9, dependendo dos dias e horários.

Confraternização


Palestras sobre “Gestão Cultural e Elaboração de Projetos”


A Oficina Cultural Grande Otelo  realizará palestras sobre Gestão Cultural e Elaboração de Projetos com José Augusto Ribeiro Vinagre sobre “Profissionalização do Gestor de Cultura e Leis de Incentivo” e Cristina Delanhesi sobre a “Elaboração de Projetos Culturais”
Quer saber mais, acesse Acontece..

By agendasorocaos.wordpress.com

Usina CineCult

O Projeto “Usina CineCult” exibe o filme “Maria Antonieta” 

Acesse Acontece e saiba mais informações.. 
By agendasorocaos.wordpress.com

Pará tenta inserção no cinema brasileiro com festivais


Não é uma significativa penetração, mas uma modesta tentativa de inserção. Produções paraenses em curta-metragem, num passado recente espécies raras de se encontrar, aos poucos conseguem estar ao lado de outros pólos tradicionais de produção em festivais de cinema.
Ribeirinhos do Asfalto estreou no Festival de Curtas de São Paulo. Entre o final do ano passado e meados de 2011, circulou por Cine PE (Recife) e Festival de Brasília outro curta produzido no estado, Matinta. Um recomeço para uma localidade que não figura entre os maiores produtores de cinema do Brasil.
Também neste ano circulou um vizinho amazonense, Cachoeira, que também foi exibido no Festival de Curtas de SP.
Semelhanças unem os dois curtas-metragens paraenses e o amazonense. A começar pelo desejo de som, muito parecido nos três filmes, explorando sons da natureza. Outro elo é a presença de Dira Paes e Adriano Barroso, protagonistas de Ribeirinhos do Asfalto e Matinta. Mais um ponto de contato nessas três manifestações cinematográficas é o enredo, que trabalha o contato da urbe com um coração paraense mais próximo às tradições ou à natureza. Belém, num dos filmes, é quase um monstro que assusta.
Por não ter um grupo de realizadores e técnicos em produção constante, os três filmes não conseguem manter o ritmo narrativo do começo ao fim, repetindo uma dramaturgia escorregadia – enquadramentos óbvios são um exemplo. A fotografia também frequenta no mesmo registro: explorar a saturação e o colorido local.
Em Ribeirinhos do Asfalto, Rosa (Dira Paes) moradora da ilha do Combu, quer dar um rumo diferente à filha e luta para mandá-la a Belém para estudar, sob os cuidados de uma prima. O marido, conservador, é contra. Na pequena saga entre o recôndito e a capital, o curta-metragem dirigido por Jorane Castro consegue expor, na imagem, a violência da chegada de um ribeirinho à cidade grande – como no plano em que a família, de barco, se aproxima de Belém.
Por outro lado, a montagem estende planos sem força dramática ou beleza estética (a mãe, vivida por Dira Paes, regando as flores), e as interpretações do elenco secundário deixam a desejar.
Todavia, para o Pará, que não conseguiu, até agora, estruturar-se como um pólo de produção permanente fora do eixo econômico como Pernambuco e Ceará; é importante que os filmes tenham conseguido acolhida em festivais de cinema tradicionais

Ettore Scola dá adeus ao cinema após mais de 40 anos de atividade


O cineasta italiano Ettore Scola anunciou que está dando adeus ao cinema, após mais de 40 anos de atividade e 30 filmes produzidos.
"É o momento de dizer basta sem arrependimentos", declarou à revista Il Tempo após a projeção de sua curta-metragem "1943-1997", (1997) em Pesaro. O filme trata das detenções nazistas no gueto de Roma em 1943.
O cineasta disse que não quer fazer "como aquelas velhas senhoras que colocam saltos altos e batom para estar com os jovens" e que, por isso, decidiu se aposentar.
Scola contou que estava planejando rodar um filme com o ator francês Gerard Depardieu e quando estava quase tudo pronto, percebeu que não queria mais fazer. "Tudo começou de uma forma casual e foi uma decisão natural", colocou.
O italiano, que dirigiu os premiados "Feios, sujos e malvados" (1976), "Nós que nos amávamos tanto" (1974), "O Baile" (1983), "Concorrência desleal" (2001), criticou o atual mundo da produção cinematográfica.
"Há lógicas de produção e distribuição que não me dizem respeito mais. Para mim é fundamental ter liberdade de escolher e desistir. Comecei a sentir-me obrigado a respeitar objetivos que não me faziam sentir livre", relatou.
"Hoje é só o mercado que faz as escolhas. Não que antes não fosse importante, mas havia mais espaço de autonomia e de exceções. Os produtores também estavam prontos para arriscar a experimentar. Claramente a crise econômica que estamos vivendo piorou ultimamente as coisas", observou Scola.
Questionado se hoje "nada se salva" do cinema de hoje, ele respondeu que "há jovens eficientes que continuam a dar dignidade ao cinema e me fazem entender que talvez é preciso de energia e contatos que eu não tenho".
O italiano acrescentou ainda que, dada a sua idade, "faço o que devo fazer. Não tenho lamentações. Sempre trabalhei com grande liberdade".
Ex-militante do Partido Comunista Italiano (PCI), Scola iniciou sua carreira como diretor em 1964 e tem boa parte de suas obras marcadas pela temática social e política.