sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mostra CineBH


Filme "O Palhaço" abriu ontem à noite a Mostra CineBH. Sessão lotada no Cine Santa Tereza para prestigiar a homenagem à Vânia Catani e à Bananeira Filmes, com presença do ator Paulo José.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Fillme sobre imigração ilegal é candidato italiano ao Oscar


Terraferma, de Emanuele Crialese, sobre o drama da imigração ilegal, será o candidato da Itália a Melhor Filme Estrangeiro no Oscar, anunciou a Associação Nacional de Indústrias Cinematográficas (Anica).
O filme de Crialese venceu a disputa com o consagrado Nanni Noretti e ao seu Habemus Papam, que saiu de Veneza sem prêmios.
Vencedor do Grande Prêmio do Júri do 68º Festival de Cinema de Veneza, Terraferma denuncia formas encobertas de xenofobia nas leis italianas e é um hino de solidariedade aos imigrantes ilegais.
Os nomeados pela Academia de Hollywood serão conhecidos a 24 de Janeiro.

"Trabalhar Cansa" combina realidade e sobrenatural

"Trabalhar Cansa," que marca a estreia na direção de longas dos premiados curta-metragistas Juliana Rojas e Marco Dutra ("Um Ramo"), transita entre o horror e o drama social. Há ainda o horror que advém das diferenças sociais e do mercado de trabalho no Brasil, mas isso passa longe do sobrenatural, já que é o drama real da classe média.
O filme estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Porto Alegre. Concorrente na seção "Un Certain Regard" no último Festival de Cannes e premiado no Festival de Paulínia deste ano (prêmio especial do júri e melhor som), "Trabalhar Cansa" participa da mostra competitiva do Festival de Brasília, que acaba na próxima segunda-feira.
Em sua obra, os diretores sempre lidaram com o sobrenatural, às vezes de forma explícita, às vezes apenas em um flerte. Por isso, não é de se estranhar quando esses elementos surgem em "Trabalhar Cansa" (título inspirado numa obra do italiano Cesare Pavese). Mas nem sempre há um trânsito orgânico entre eles e o realismo na trama, também assinada pelos diretores.
No filme, Otávio (Marat Descartes, de "Os Inquilinos") perde seu emprego na mesma época em que sua mulher, Helena (Helena Albergaria), abre um mercado de periferia. Chega à casa da família Paula (Naloana Lima), empregada e babá que vai cuidar da filha pequena, Vanessa (Marina Flores).
Aos poucos, os papéis de Otávio e Helena se invertem. Ela se torna a chefe do lar, traz o dinheiro e sustenta a casa, trabalhando fora o dia todo, enquanto ele procura emprego e tenta pequenos bicos, como telemarketing. As relações trabalhistas também ficam tensas, tanto entre Helena e um funcionário de seu mercado, quanto entre o casal e a empregada.
O toque sobrenatural começa com um cachorro na porta do mercado e uma umidade inexplicável na parede do estabelecimento. Os elementos se intensificam e, mesmo que nunca totalmente explicados, servem como uma metáfora para as deturpadas relações familiares, sociais e trabalhistas dos personagens.
A simbologia acaba bastante carregada no filme e o foco recai sobre elementos de estranhamento, deixando narrativa e personagens em segundo plano. Há muitas vezes a necessidade de apenas estranhar, pelo simples estranhamento. Nem sempre isso causa uma reflexão ou perplexidade, algo que faria muito sentido por conta dos temas do filme.
A atriz Helena Albergaria, que participou de outros curtas da dupla, cria uma protagonista um tanto fria, distante, uma dona-de-casa que começa a se entusiasmar pelo capitalismo e quer se transformar numa mulher de negócios. Por outro lado, Marat Descartes é capaz de trazer à tona toda a humanidade e conflitos de seu personagem - de longe, o mais estruturado e complexo do longa.

DOGMA 95: O Manifesto

 
Você sabe o que é Dogma 95?
Ficou curioso? Acesse Cine Curiosidades e saiba o que é Dogma 95..