Impressões da Cidade

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Impressões da Cidade - Ao (per)correr a calçada



O concreto limita os gestos
Como paredes, fazem das faces um tom reto
Não, não pergunte.
Não há tempo.
Caminhe, e não pare. 

Os corpos, partículas que se agregam
Como o movimento.
Se desagregam, mas não se perdem no tempo.
Formam cortinas
Como um balanço de jangada ou de rede,
nos roubam as retinas.
Cinestesiadas pela jornada da rotina.

Não, não pergunte.
Não há tempo.
Caminhe, e não pare. 

A comunhão através da comunicação:
-É impossível
Completude é ilusão.
O viável, são:
-Os cacos, os pedaços, os retalhos
O que permite o gosto do desejo;
desejo pelas ruas, pelas trilhas.
De caminhos abertos,
pelos rastros de desgastes,
pela medida do certo.
“É o cotidiano, de contornos foscos”
Do sinaleiro ao corre-corre dos pedestres.

Não, não pergunte.
Não há tempo.
Caminhe, e não pare. 

Antes da chuva, o céu é cinza.
No árido, o afago clama pelas gotas.
Que carreguem os dias cansados.
E abafem a velocidade do TrAtAdO UrBaNo.
Que torne-se cálido, o úmido.
Em seu dilúvio arraste os vestígios dos cacos.
Acalentando um sabor cheiroso de terra
Fazendo acreditar que por assim a alma seja eterna.



By Débora P. de Oliveira

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Impressões da Cidade - ao lado da fábrica abandonada...

“Na cidade do concreto, paredes cobrem faces e corpos que se escondem do que é externo. Movimentos se fazem necessários para a sobrevivência e o tempo, o tempo apenas limita tudo aquilo que queríamos ou deveríamos querer fazer e não podemos, porque não temos “tempo”. 
Comunicação é o meio que liga a todos, uns aos outros, vivendo por aqui, na Terra. E é também o que nos falta, para se viver melhor. Desejo sobra, há desejo de tudo em todos os lugares e é impossível realizar todos que sentimos, e que na verdade devemos sentir, pois são os desejos que nos inspiram e nos encorajam a viver e sempre sonhar com uma vida melhor. O desgaste é muito, desgaste físico, desgaste emocional, desgaste mental e que de uma hora para outra desaparecem quando chega a chuva, nos lava a alma e cura feridas que até então nos pareciam incuráveis. Sem grande velocidade, tempestades, furacões, dilúvios e outras mais turbulências, também se fazem necessárias; necessárias para a evolução, do homem, do mundo e de tudo que um dia virá a terminar, já que nada será eterno.”

By Mariana Mendes.
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Impressões da Cidade
 
Este é um mundo de concreto e asfalto, onde você se depara rodeado por paredes.
E os caminhos para percorrê-lo não sãos fáceis. Os corpos se estranham e não há calor humano, e cada movimento da vida pode levar a um precipício.
Todo tempo de aprender leva a um fim e a cortina vai se fechando.
Esta é uma jornada que, aliada a falta de comunicação dos que já a atravessaram, nos atrasa.
Assim é a existência, um labirinto. O pé descalço na terra vai deixando sua marca, assim como uma trilha de de desejos, caminhos percorridos pela paixão.
E o desgaste é visível nos olhos, que acompanham a chuva, que a cada gota abre uma pequena ferida na terra, na velocidade do piscar dos olhos.
E o que eram gotas podem virar um dilúvio, um mar eterno onde não há mais chão.

By Rafael Onizuka
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Impressões da Cidade - Tempo no Tempo

Concreto, sólido, obvio, consistente como uma parede que bloqueia faces de caminhar ou evoluir. Corpos estagnados nunca em movimento como o tempo que passa sobre as paredes, e revela como cortina faces que buscam seguir sua jornada, mas que estão bloqueadas dentro de sua própria comunicação e existência. Entre a Terra e o desejo, há uma existência e caminhos a percorrer com muito desgaste e consistência, só a chuva limpa as feridas para que um dia o tempo passe na sua própria velocidade, não como num dilúvio, onde estar à deriva no mar parece sempre eterno o lugar ao se alcançar.

By Tatiana Maria..
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Impressões da Cidade

Concreto que engloba  a cidade e as paredes pelos ambientes iluminam as faces dos moradores que vivem em corpos de outros, todos com as mesmas almas em movimento e transição; refletem pelo tempo e pela sabedoria, na qual as cortinas da realidade se fecham pela jornada de tudo e todos contemplando a comunicação e a solidão que torna a existência a única verdade em terra. Desejos das cidades diversificam os caminhos pelo espaço, comunicando-se com o desgaste que a chuva do dia-a-dia aumenta as feridas do urbano. A velocidade reflete nas ondas do trabalho e do dilúvio eterno.  

By Fernanda..
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20/04/2011
 
Após um período de férias (longas férias) voltamos a nos encontrar novamente as quartas feiras das 14h as 17h, só que agora no Aquário Cultura.
Muita curiosidade e expectativa eram sentimentos que povoam nossas mentes..
Quem será que continuará no núcleo? 
Quais os novos integrantes? 
Que projeto iremos fazer esse ano? 
...muitas perguntas.. mas uma certeza amamos ainda mais a sétima arte..
Começamos a aula nos apresentado (em alguns casos nos reapresentamos)..
Ah!! não poderia esquecer: pasmem o René e a Melina ressurgiram.. mto 10..
Temos a certeza que esse ano será muito produtivo..
O Marcelo iniciou falando sobre a origem do cinema, apresentou uma "aparelho" que a Mariana trouxe, o zoopraxicóspío.. foi mto legal..
Assistimos 2 curtas: Terra de Monções e o Ciclo da luz, orientados pelo Marcelo fizemos anotações para que no próximo encontro discutamos essas anotações..
Infelizmente o horário passou rápido.. tivemos que ir embora.. mas fomos com a certeza que na próxima quarta nos encontraremos e descobriremos novoas coisas..



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