Eu assisti...

Espaço reservado para críticas e resenhas dos longas e curtas que nós da NAVV assistimos..

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De Olhos Bem Fechados


Nesse feriado assisti De Olhos Bem Fechados de Stanley Kubrick.
O título mesmo já induz que com olhos bem fechados chegamos nas fantasias de nossas mentes, nos nossos sonhos. Percebi que o filme não apresenta uma resolução no final, acredito que seria como se estivemos acordando antes da finalização de um sonho. Por mais simples que seja a trilha sonora, gerou certo desespero e tensão.
Apesar de ter 159 minutos de duração, não é cansativo e vale a pena assistir. Aconselho

Título Original: Eyes Wide Shut
Gênero: Drama
Origem/Ano: EUA/1999

Duração: 159 min
Direção: Stanley Kubrick
Sinopse: De Olhos Bem Fechados é o epílogo da carreira do consagrado diretor Stanley Kubrick, encerrando uma obra cinematográfica que incluiu sucessos como Glória Feita de Sangue, Spartacus, Lolita, Doutor Fantástico, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Laranja Mecânica, O Iluminado e Nascido Para Matar. Inspirado na obra Traunznovelle, ambientada pelo vienense Arthur Schnitzler no período entre guerras, o filme transpõe a trama para a Nova York contemporânea.
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Estômago
Sinopse: Na vida há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato, nosso protagonista, descobre um caminho à parte: ele cozinha. E é nas cozinhas de um boteco, de um restaurante italiano e de uma prisão - o que ele fez para acabar ali? - que Nonato vive sua intrigante história. E também aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte - e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a parte melhor.

Premiações: Estômago recebeu 16 prêmios no exterior e 20 no Brasil, e teve o maior número de indicações para o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2009 (da Academia Brasileira de Cinema, o “Oscar” brasileiro), tendo vencido os mais importantes: Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Melhor Filme pelo Público e Melhor Ator Coadjuvante. Além disso, o filme foi considerado, pelos críticos de cinema do jornal O Globo, o Melhor Filme de 2008 (ex-aequo com o americano Sangue Negro), além de ter vencido os principais Prêmios da Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil em 2009 (equivalentes, no Brasil, aos “Golden Globe”): Melhor Filme, Diretor, Roteiro e Ator. Uma eleição conduzida pelo jornal O Globo em dezembro de 2009 entre diversos críticos colocou Estômago entre os 10 melhores filmes brasileiros da década. A carreira do filme em Festivais começou em outubro de 2007, no Festival do Rio.

Curiosidades: Para viver Nonato, João Miguel fez "estágio" durante dois dias no próprio boteco paulista que serviu de cenário para o filme. O ator também passou alguns dias no restaurante italiano para aprender a dinâmica de uma cozinha industrial. Na época, até se arriscou a preparar pratos de verdade.
O processo para conseguir o papel da Íria consistiu em diversas seletivas, com mais ou menos 400 atrizes no total. Teve melhor de 100, melhor de 50… até chegar a melhor de duas e a atriz Fabula Nascimento consegui o papel

Comentário de Melina Menconi: Eu assisti ao filme Estomago, a fotografia do filme é simplesmente maravilhosa!! Eu mais sério eu adorei a fotografia mesmo, muito bom também o roteiro do filme e a edição com jogo de cena  mesclando o antes e do depois do acontecimento que levou ele a ser preso e o final do filme rsrs... Tem que assistir!!  Mais vale a pena ser citado, pois um filme muito rico em conteúdo.

Ficha Técnica
Direção: Mário Jorge
Ano: 2007
Duração: 111 minutos
Gênero: Crime, Drama.
Produção: Cláudia da Natividade, Fabrizio Donvito e Marcos Cohen
Elenco: João Miguel, Fabiula Nascimento, Babu Santana, Carlo Briani, Zeca Cenovicz, Paulo Miklos, Jean-Pierre Noher, Marco Zenni, Marcel Szymanski, Helder Clayton Silva.
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Ficha Técnica 

Titulo Original: All The Invisible Children
Gênero: Drama
Lançamento: 2005 (Itália)
Duração: 116 minutos
Gênero: Drama
Estúdio: Rai Cinemafiction/MK Film Productions S.r.l.
Distribuidora: 01 Distribuzione/Paris Filmes
Direção: Mehdi Charef, Kátia Lund, John Woo
Roteiro: Mehdi Charef, Diogo de Silva, Stribor Kusturica, Cinqué Lee, Joie Lee, Spike Lee, Qiang Li, Kátia Lund, Jordan Scott e Stefano Veneruso
Produção: Maria Grazia Cucinotta, Chiara Tilesi e Stefano Veneruso
Música: Terence Blanchard, Ramin Djawadi e Hai Lin
Fotografia: Philippe Brelot, Cliff Charles, Changwei Gu, Toca Seabra, Vittorio Storaro, Jim Whitaker e Nianping Zeng
Figurino: Donna Berwick
Edição: Barry Alexander Brown, Robert A. Ferretti e Dayn Williams
Efeitos especiais: Neil Corbould Special Effects Ltda./SR "Zeljko Bozic" za Pruzanje Kaskaderskih Usluga

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A seguir leia o que a Elaine escreveu sobre o Cinema Paradiso e depois comente...
Cinema Paradiso 
(Dir.: Giuseppe Tornanore/1989)
Sobre cinemas e paraísos (perdidos?) particulares

Um filme é como uma lembrança. Temos algumas impressões acerca do fato (nesse caso, o filme) que afirmarmos com toda a nossa certeza de que são verídicas, mas quando revivemos (ou revemos) a experiência anteriormente vivida (assistida) nos deparamos com momentos (cenas) esquecidos por nós, nublados pela nossa memória, o que faz com que reformulemos as nossas opiniões sobre o fato (o filme).
É o caso de Cinema Paradiso. Todo mundo tem uma opinião em relação ao filme, é um filme icônico e faz parte da história do cinema por motivos diversos e revendo-o, depois de tantos anos (e com mais idade), descobre-se o quão saboroso um filme pode ser. A primeira vista, um filme clichê (o filme é um imenso flashback), nos dias atuais, mais do que uma homenagem ao cinema, aos “palácios de filmes” (as salas de cinema propriamente ditas), torna-se um registro (e talvez, uma ode) à película, essa devendo ainda a sua permanência a quase inexistência do sistema de projeção digital em diversos países (incluindo o Brasil).
No 36º Festival de Cinema de Gramado (2008), de todos os concorrentes, apenas um havia sido rodado em película (A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele). Deveríamos perguntar as pessoas com menos de 15 anos de idade se elas sabem o que é um filme de película. O alto custo desse e o avanço da qualidade das câmeras cinematográficas digitais tornam a sua viabilidade onerosa e caminha para status de artigo de uso dos saudosistas.
Em alguns filmes, percebe-se a paleta de cores mais fria, geralmente pata o azul, típica das câmeras digitais, mas nem por isso a experiência de fruição cinematográfica se faz menor...
Assim, assistir a Cinema Paradiso, é um ato de fruição de cores, sons e texturas diversas das atuais, e nos permite visualizar uma experiência diversa do ato de assistir cinema do experimentado nas salas multiplex. Sua iluminação e as cores quentes, típicas da cinematografia italiana assim como a música de Ennio Morricone, que pega o espectador pela emoção e faz com que o efeito emocional das cenas seja mais intenso são motivos para atrair o nosso olhar para a história de Salvatore (interpretado com naturalidade por Salvatore Cascio quando criança) e do projecionista Alfredo (o sempre magnífico Philippe Noiret) que juntos compartilham as experiências do Nuovo Cinema Paradiso. E aí o filme realmente se constitui em lembrança, pois Salvatore-adulto só se justifica pela história do Salvatore-menino, sua história só contagia porque conhecemos como formaram-se as suas paixões e como estas tornaram-se realidade. Assistimos a uma sessão de cinema e observamos quantas histórias, momentos, e laços se formam dentro dessa experiência tão coletiva e solitária ao mesmo tempo que é ir ao cinema.
Ao rever Cinema Paradiso desperta-se a vontade de rever o seu filme preferido e não sentir vergonha de expressar as suas emoções sobre os mesmo, seja chorar, rir, gritar, enojar-se, e de acompanhar as escolhas dos personagens mesmo sabendo aonde tudo vai dar, não se importando com gênero e se a qualidade do filme é duvidosa...
Cinema Paradiso cumpre então essa função que deve ser valorizada nos dias atuais, em tempos de pirataria, downloads e blu-ray: despertar no espectador o gosto de ver cinema no cinema, curtindo todos os elementos que fazem da experiência cinematográfica única, com todos os rituais que lhe são próprios mas da qual sempre saímos preenchidos de novas experiências e impressões sobre o mundo. Nem que seja sobre o mundo do cinema.

by Elaine Pierre
09/09/2010