Máquina de criar sonhos. Era assim que Georges Méliès via o cinema. O homem que não inventou, mas melhorou a sétima arte, foi o primeiro a enxergar no cinematógrafo o potencial de não só filmar a realidade, mas também os sonhos. Em tempos de 3D, parece óbvio que o cinema é a máquina de recriar, e criar, sonhos a 24 quadros por segundo. Mas em 1895, quando os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo, não só imaginavam que a invenção não teria futuro como não pensaram que, além da realidade, poderiam filmar a imaginação.
Foi Méliès, que na época era mágico ilusionista e dono do teatro Robert-Houdin, quem enxergou o imenso potencial. Ele estava presente na sessão de A Chegada do Trem à Estação de La Ciotat, a primeira da história, em 28 de dezembro de 1895. A aproximação do trem, que assustou a plateia presente, encantou Méliès. Mais tarde o mágico ganhou um protótipo criado pelo inglês Robert William Paul. Saía pela cidade registrando tudo que pudesse.
Certo dia, enquanto filmava um ônibus em movimento a câmera parou. Ao voltar a funcionar, um carro fúnebre apareceu no lugar do ônibus. Assim ‘descobriu’ a stop action; técnica de fazer desaparecer e aparecer objetos. Depois disso, realizou cerca de 500 filmes, criou várias outras técnicas, como perspectiva forçada, múltiplas exposições e filmagens em alta e baixa velocidade.
Dirigiu a primeira ficção científica da história: Viagem à Lua, 1902, em que utilizou técnicas de dupla exposição do filme para criar efeitos inovadores. Como um mecanismo que não pode parar, outros diretores, e técnicas, surgiram.
O público começou a se desinteressar pelo estilo de Méliès, que, com a crise da 1.ª Guerra, teve de fechar seus teatros e vender parte de seus filmes. Ironicamente, o celuloide era usado para fabricar sapatos para soldados. Vendeu e destruiu parte de sua obra. Morreu, em 1938, na miséria. A mágica não deixou o mestre desamparado. Seus filmes começaram a ser encontrados e restaurados. Hoje, é possível assistir a Viagem à Lua em cores, pintada à mão, como mágica. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. (AE)
Foi Méliès, que na época era mágico ilusionista e dono do teatro Robert-Houdin, quem enxergou o imenso potencial. Ele estava presente na sessão de A Chegada do Trem à Estação de La Ciotat, a primeira da história, em 28 de dezembro de 1895. A aproximação do trem, que assustou a plateia presente, encantou Méliès. Mais tarde o mágico ganhou um protótipo criado pelo inglês Robert William Paul. Saía pela cidade registrando tudo que pudesse.
Certo dia, enquanto filmava um ônibus em movimento a câmera parou. Ao voltar a funcionar, um carro fúnebre apareceu no lugar do ônibus. Assim ‘descobriu’ a stop action; técnica de fazer desaparecer e aparecer objetos. Depois disso, realizou cerca de 500 filmes, criou várias outras técnicas, como perspectiva forçada, múltiplas exposições e filmagens em alta e baixa velocidade.
Dirigiu a primeira ficção científica da história: Viagem à Lua, 1902, em que utilizou técnicas de dupla exposição do filme para criar efeitos inovadores. Como um mecanismo que não pode parar, outros diretores, e técnicas, surgiram.
O público começou a se desinteressar pelo estilo de Méliès, que, com a crise da 1.ª Guerra, teve de fechar seus teatros e vender parte de seus filmes. Ironicamente, o celuloide era usado para fabricar sapatos para soldados. Vendeu e destruiu parte de sua obra. Morreu, em 1938, na miséria. A mágica não deixou o mestre desamparado. Seus filmes começaram a ser encontrados e restaurados. Hoje, é possível assistir a Viagem à Lua em cores, pintada à mão, como mágica. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. (AE)
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