sexta-feira, 22 de julho de 2011

Censura: Polêmico filme sérvio

A Caixa Econômica Federal proibiu a exibição do longa "A Serbian Film - Terror sem Limites", que fazia parte do RioFan, festival de cinema fantástico que acontece no espaço cultural do banco no Rio de Janeiro.
O filme, que foi apresentado pela Folha na segunda-feira, já sofreu censura semelhante na Espanha e na Inglaterra por seu conteúdo extremo, incluindo cenas de pedofilia e necrofilia. Ele seria exibido na Caixa Cultural no próximo sábado.
Após terem sido avisados ontem pelo banco de que deveriam retirar o filme da programação do RioFan, sem nenhuma justificativa, os organizadores do festival entraram em acordo com o Grupo Estação e transferiram a sessão para o Cine Odeon (Cinelândia, centro do Rio), no sábado, às 22h
Os organizadores divulgaram uma nota oficial hoje, lamentando a decisão da Caixa e lembrando que "A Serbian Film" foi exibido no último sábado em dois outros festivais brasileiros, o Fantaspoa (Porto Alegre) e o Lume (São Luís).
"Não há, sob qualquer ótica possível, apologia à violência sexual contra mulheres ou menores de idade no filme. São atos absolutamente grotescos e tratados como tal por uma obra que se insere numa tradição de filmes 'extremos' --um subgênero do cinema de horror que lida com questões repulsivas de forma radical, com o intuito de buscar o choque e a reflexão nos espectadores", diz a nota do RioFan.
Após a movimentação do festival, o banco também enviou à imprensa um breve comunicado, no qual diz que "a opção por não exibir o filme (...) está em consonância com a linha de atuação da Caixa, atenta aos conteúdos apresentados em seus espaços".
"A Caixa entende que a arte deve ter o limite da imaginação do artista, porém nem todo produto criativo cabe de forma irrestrita em qualquer suporte ou lugar", diz o comunicado.
A reportagem do jornal A Folha procurou o banco para saber como foi tomada a decisão de proibir o filme e quem responde por ela, mas, segundo sua assessoria, a Caixa não se manifestaria.
O banco federal também se recusou a responder se algum de seus representantes assistiu ao filme e por que o veto foi comunicado a três dias da sessão, quando a exibição já estava programada há semanas.

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