"Tony Montana (protagonista) é como Ícarus. Luta e corre atrás para conseguir um lugar ao sol, se arrisca, e isso é uma característica que todos nós temos. Este personagem nos representa de uma forma que acabamos nos identificando com ele", disse o ator à Agência Efe no tapete vermelho da apresentação da edição em Blu-ray realizada em Los Angeles.
Steven Bauer, F. Murray Abraham e Robert Loggia, que fizeram parte da repartição, também assistiram ao evento desta terça-feira.
"Scarface", uma versão do longa homônimo de 1932 dirigido por Howard Hawks, narra a ascensão e queda de um criminoso cubano que saiu da ilha no famoso êxodo de Mariel em 1980 e se tornou líder de um império da cocaína em Miami. A história de um dos gangsteres mais impiedosos do cinema é repleta de violência, linguagem vulgar e estética de videogame.
A produção conseguiu três indicações ao Globo de Ouro e uma ao Razzie (o anti-Oscar), para Brian De Palma como diretor. O Instituto do Cinema Americano (AFI, sua sigla em inglês) nomeou em 2008 a fita como uma das dez mais influentes da história no gênero policial.
Foram nove meses de gravação nos quais sempre existiu o receio de que De Palma e Oliver Stone (roteirista) brigassem por suas diferenças criativas. "Era uma combinação explosiva", admitiu um Al Pacino, seguindo um estilo "hippie": graças ao cabelo comprido, lenço na cabeça e diversos acessórios.
"A escolha da ópera de De Palma não casava bem com as preocupações sociopolíticas de Stone, mas não chegaram se confrontar de fato. O problema é que a crítica nos arrasou. Não há nada pior que te depreciar por algo que vale a pena. Porém, o filme acabou crescendo nas ruas. Isso foi uma surpresa", acrescentou o intérprete, de 71 anos.
A fita dirigida por Brian de Palma e com roteiro de Oliver Stone estreou em 1983 entre críticas muito negativas, mas não demorou a causar um enorme impacto na cultura popular, seja pelas célebres frases de Montana ("Say hello to my little friend"), as roupas dos personagens e a forma como é retratado o narcotráfico nos EUA durante os anos 80.
"Quando se trata de recriar e representar algo que está aí, que é real, corre-se o risco de o público não aceitar", comentou Martin Bregman. "Por isso que ser fiel à realidade é fundamental", acrescentou o produtor de "Scarface", que trabalhou em outros longas de Pacino como "Um Dia de Cão", "Serpico" e "O Pagamento Final".
Esse é um dos fatores que pode explicar o sucesso dessa obra. O outro, sem dúvida, é a atuação inesquecível de Pacino.
"Como explicar o fato desse filme continuar sendo uma referência até hoje?", perguntou à Efe F. Murray Abraham. "Por que um longa pode se tornar um expoente e outro não? Há algo inexplicável em "Scarface" que conecta com as pessoas, jovens e adultos. Se desse para entender esse sucesso, fariam uma fórmula e com isso, seria possível produzir vários trabalhos assim, mas não há. A resposta tem a ver com Al. É um ator muito poderoso", argumentou.
O filme retornará à telona de cerca de 500 salas de cinema dos EUA para celebrar o lançamento em Blu Ray, com as imagens e o som restaurados em alta definição.
Steven Bauer, F. Murray Abraham e Robert Loggia, que fizeram parte da repartição, também assistiram ao evento desta terça-feira.
"Scarface", uma versão do longa homônimo de 1932 dirigido por Howard Hawks, narra a ascensão e queda de um criminoso cubano que saiu da ilha no famoso êxodo de Mariel em 1980 e se tornou líder de um império da cocaína em Miami. A história de um dos gangsteres mais impiedosos do cinema é repleta de violência, linguagem vulgar e estética de videogame.
A produção conseguiu três indicações ao Globo de Ouro e uma ao Razzie (o anti-Oscar), para Brian De Palma como diretor. O Instituto do Cinema Americano (AFI, sua sigla em inglês) nomeou em 2008 a fita como uma das dez mais influentes da história no gênero policial.
Foram nove meses de gravação nos quais sempre existiu o receio de que De Palma e Oliver Stone (roteirista) brigassem por suas diferenças criativas. "Era uma combinação explosiva", admitiu um Al Pacino, seguindo um estilo "hippie": graças ao cabelo comprido, lenço na cabeça e diversos acessórios.
"A escolha da ópera de De Palma não casava bem com as preocupações sociopolíticas de Stone, mas não chegaram se confrontar de fato. O problema é que a crítica nos arrasou. Não há nada pior que te depreciar por algo que vale a pena. Porém, o filme acabou crescendo nas ruas. Isso foi uma surpresa", acrescentou o intérprete, de 71 anos.
A fita dirigida por Brian de Palma e com roteiro de Oliver Stone estreou em 1983 entre críticas muito negativas, mas não demorou a causar um enorme impacto na cultura popular, seja pelas célebres frases de Montana ("Say hello to my little friend"), as roupas dos personagens e a forma como é retratado o narcotráfico nos EUA durante os anos 80.
"Quando se trata de recriar e representar algo que está aí, que é real, corre-se o risco de o público não aceitar", comentou Martin Bregman. "Por isso que ser fiel à realidade é fundamental", acrescentou o produtor de "Scarface", que trabalhou em outros longas de Pacino como "Um Dia de Cão", "Serpico" e "O Pagamento Final".
Esse é um dos fatores que pode explicar o sucesso dessa obra. O outro, sem dúvida, é a atuação inesquecível de Pacino.
"Como explicar o fato desse filme continuar sendo uma referência até hoje?", perguntou à Efe F. Murray Abraham. "Por que um longa pode se tornar um expoente e outro não? Há algo inexplicável em "Scarface" que conecta com as pessoas, jovens e adultos. Se desse para entender esse sucesso, fariam uma fórmula e com isso, seria possível produzir vários trabalhos assim, mas não há. A resposta tem a ver com Al. É um ator muito poderoso", argumentou.
O filme retornará à telona de cerca de 500 salas de cinema dos EUA para celebrar o lançamento em Blu Ray, com as imagens e o som restaurados em alta definição.
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