Em meio à maratona cinéfila do Festival do Rio há também espaço para anúncios importantes sobre o mercado cinematográfico brasileiro. Em coletiva realizada na última terça, 11 de outubro, foi anunciado o lançamento da Nossa, distribuidora formada por alguns dos principais produtores de cinema do país.
A empresa traz como sócios Conspiração Filmes (A Mulher Invisível), O2 Filmes (Cidade de Deus), Lereby Produções (Chico Xavier), Morena Filmes (Meu Nome Não é Johnny), Zazen Produções (Tropa de Elite), Vinny Filmes e FL & MAM Participações. Juntas, as produtoras foram responsáveis por 70 dos 268 filmes brasileiros lançados desde 31 de dezembro de 1999, com um público estimado em 67 milhões de pessoas.
A distribuidora nasce com a proposta de um novo modelo para o mercado, onde o produtor tem a chance de ganhar mais caso esteja disposto a correr riscos com seu longa-metragem. Quem explica é um dos sócios, o diretor José Padilha.
"Tradicionalmente o modelo de distribuição de cinema, criado nos Estados Unidos, financia a produção de filmes como um todo. O estúdio coloca o dinheiro, contrata o produtor e corre o risco com o lançamento. No Brasil o mesmo modelo é replicado, com algumas diferenças. Uma delas é que as distribuidoras não dão o valor total para a produção dos filmes, parte dele vem dos produtores e do incentivo fiscal. Como o risco não é 100% da distribuidora, a meu ver o modelo não deveria ser igual ao americano. Então olhando para a realidade brasileira e para algumas situações ocorridas nos Estados Unidos, resolvemos construir um modelo alternativo.
A Nossa terá por função a prestação de serviço. O produtor reúne dinheiro para o longa, sem contar com uma distribuidora. Se ele consegue isto, a gente vai viabilizar que ele consiga colocar seu filme no cinema. Não será cobrada taxa de distribuição e o copyright do filme ficará com o produtor o tempo inteiro. Além disto, o valor pago pelo exibidor será depositado diretamente na conta do produtor. Ou seja, o controle da receita do filme não será 100% da distribuidora. O que me parece razoável, visto que a distribuidora não entra com 100% do custo de produção do filme."
Padilha ressaltou que a manutenção da Nossa será através da quantia a ser paga pelo lançamento do filme, que dependerá do tamanho do circuito desejado, e também pelo valor fixo da cine semana (de sexta a quinta) em que o filme estiver em cartaz. O risco para o produtor vem justamente da definição do circuito, quando precisará definir um público estimado para o longa-metragem. Caso o número seja atingido, o produtor receberá cerca de cinco vezes mais que através do modelo tradicional. Caso não seja, perde-se dinheiro por investir além do potencial do produto.
A Nossa Distribuidora já conta com 50 filmes a serem lançados, sendo 20 deles nacionais. Entre os já assegurados estão Paraísos Artificiais, de Marcos Prado (Estamira); A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Vinícius Coimbra; e Boca do Lixo, de Flávio Frederico (Caparaó). Todos apenas chegarão aos cinemas em 2012.
A distribuidora será também responsável pelo lançamento em cinema dos filmes estrangeiros da Vinny Filmes, uma das sócias do projeto. Sua estreia será já em novembro, com o terror 11-11-11, que será lançado em cerca de 350 salas em todo o país.
A empresa traz como sócios Conspiração Filmes (A Mulher Invisível), O2 Filmes (Cidade de Deus), Lereby Produções (Chico Xavier), Morena Filmes (Meu Nome Não é Johnny), Zazen Produções (Tropa de Elite), Vinny Filmes e FL & MAM Participações. Juntas, as produtoras foram responsáveis por 70 dos 268 filmes brasileiros lançados desde 31 de dezembro de 1999, com um público estimado em 67 milhões de pessoas.
A distribuidora nasce com a proposta de um novo modelo para o mercado, onde o produtor tem a chance de ganhar mais caso esteja disposto a correr riscos com seu longa-metragem. Quem explica é um dos sócios, o diretor José Padilha.
"Tradicionalmente o modelo de distribuição de cinema, criado nos Estados Unidos, financia a produção de filmes como um todo. O estúdio coloca o dinheiro, contrata o produtor e corre o risco com o lançamento. No Brasil o mesmo modelo é replicado, com algumas diferenças. Uma delas é que as distribuidoras não dão o valor total para a produção dos filmes, parte dele vem dos produtores e do incentivo fiscal. Como o risco não é 100% da distribuidora, a meu ver o modelo não deveria ser igual ao americano. Então olhando para a realidade brasileira e para algumas situações ocorridas nos Estados Unidos, resolvemos construir um modelo alternativo.
A Nossa terá por função a prestação de serviço. O produtor reúne dinheiro para o longa, sem contar com uma distribuidora. Se ele consegue isto, a gente vai viabilizar que ele consiga colocar seu filme no cinema. Não será cobrada taxa de distribuição e o copyright do filme ficará com o produtor o tempo inteiro. Além disto, o valor pago pelo exibidor será depositado diretamente na conta do produtor. Ou seja, o controle da receita do filme não será 100% da distribuidora. O que me parece razoável, visto que a distribuidora não entra com 100% do custo de produção do filme."
Padilha ressaltou que a manutenção da Nossa será através da quantia a ser paga pelo lançamento do filme, que dependerá do tamanho do circuito desejado, e também pelo valor fixo da cine semana (de sexta a quinta) em que o filme estiver em cartaz. O risco para o produtor vem justamente da definição do circuito, quando precisará definir um público estimado para o longa-metragem. Caso o número seja atingido, o produtor receberá cerca de cinco vezes mais que através do modelo tradicional. Caso não seja, perde-se dinheiro por investir além do potencial do produto.
A Nossa Distribuidora já conta com 50 filmes a serem lançados, sendo 20 deles nacionais. Entre os já assegurados estão Paraísos Artificiais, de Marcos Prado (Estamira); A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Vinícius Coimbra; e Boca do Lixo, de Flávio Frederico (Caparaó). Todos apenas chegarão aos cinemas em 2012.
A distribuidora será também responsável pelo lançamento em cinema dos filmes estrangeiros da Vinny Filmes, uma das sócias do projeto. Sua estreia será já em novembro, com o terror 11-11-11, que será lançado em cerca de 350 salas em todo o país.
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