Trabalhando em silêncio há pelo menos seis meses, um grupo de produtores, cineastas, fotógrafos e pesquisadores ligados ao fazer audiovisual no município, anunciou, na quinta-feira, a criação da Academia Sorocabana de Fotografia, Cinema e Vídeo. Para falar sobre o projeto, estiveram no Cruzeiro do Sul, três dos integrantes da diretoria da entidade: Cleiner Micceno, escolhido como presidente, Antonio Zardos, vice, e Marcelo Nascimento, tesoureiro.
A atuação nos bastidores sensibilizou e obteve a adesão de dois parceiros de peso: a Secretaria da Cultura do Município e a Agência Nacional de Cinema (Ancine). O titular da primeira, Anderson Santos, disse ontem que está entusiasmado com o empreendimento e que deverá apoiar a realização de um festival em 2012. Essa, acrescentou, sempre foi uma das metas de sua gestão. "Precisávamos de gente com expertise nesse processo. A academia, portanto, vem somar. A cidade dispõe de um número razoável de salas de exibição, mas nossa intenção é levar ao público filmes que atendam a expectativa daqueles que querem assistir produções com outro formato, distantes do apelo comercial."
Pela Ancine, o diretor Glauber Piva também colocou-se à disposição da iniciativa. A Agência deverá disponibilizar orientação e ajudar na organização de eventos como mostras e seminários temáticos. Cleiner disse que a Academia tem como uma das primeiras incumbências mapear a produção local. O levantamento irá apontar quantos e quem são os artistas e realizadores radicados no município. "Tem muita gente produzindo, mas precisamos localizar e chamar essas pessoas para que se integrem e participem conosco."
A academia, emendou o vice-presidente Antonio Zardos, quer ampliar sua atuação às escolas e levar aos estudantes a arte da fotografia. "Pensamos numa agenda de oficinas e encontros para debater e despertar nos jovens o interesse pela prática de fotografar." A entidade pretende, ainda, abrir o leque e envolver responsáveis por animação em atividades que serão programadas. Outra proposta que ganha forma é a da realização de um festival de vídeos produzidos por meios alternativos como câmeras amadoras e telefones celulares. Isso já ocorre, por exemplo, na mostra de Gramado, uma das principais do país. "Queremos ficar sintonizados com a realidade do momento e permitir que também os produtores da vertente underground, alternativa, disponham de espaço para mostrar o que sabem."
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