Nos últimos anos, o cineasta Nuri Bilge Ceylan virou quase um sinônimo do cinema turco. Presença constante nos festivais internacionais, premiado em Cannes, o diretor é um dos raros exemplos de seu país a chegar às salas de exibição brasileiras.
A cinematografia turca, contudo, vai muito além da inquietação existencial e dos problemas de comunicabilidade que marcam as obras de Ceylan.
Uma amostra disso será oferecida ao espectador a partir de hoje no Festival de Cinema Turco, que acontece em São Paulo até o dia 18 de agosto.
Ao todo serão exibidos 13 filmes, quase todos inéditos, produzidos entre os anos 1970 e 2010.
A comédia "Magic Carpet Ride" (2005) abre o festival, às 20h, no Cine Olido. Grande sucesso na Turquia, conta a história dos pequenos golpes cometidos por dois ladrões. A sessão é apenas para convidados.
A partir de amanhã, a mostra segue para o CCSP (Centro Cultural São Paulo), onde fica em cartaz até o dia 18. As sessões custam R$ 1.
O curador de audiovisual do CCSP, Célio Franceschet, conta que o objetivo foi apresentar uma seleção representativa da variedade da Turquia.
"Em geral, só chegam aqui os filmes premiados nos grandes festivais. O festival será dividido entre os filmes de arte e as produções comerciais, os sucessos de público de lá. Temos uma visão de que os filmes turcos são todos dramáticos, complexos, mas há também um lado cômico, lúdico, pouco conhecido por nós."
"A Garota do Lenço Vermelho" (1978) é um dos filmes autorais, reconhecidos internacionalmente, que integra a mostra. Dirigido por Atif Yilmaz, conta a história de uma garota do interior que se apaixona por um caminhoneiro misterioso.
Já na seara dos recordistas de bilheteria, uma das principais atrações é "Amor Estrangeiro", de Ilksen Basarir. O longa, lançado em 2009, tem como protagonista um rapaz surdo que se apaixona por uma atendente de uma central de informações.
Há ainda, é claro, um filme de Ceylan: "Distante" (2002).
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