Segundo o site StudioBriefing, o governo russo decidiu investir uma parte maior de sua verba de cinema na construção de novas salas de cinema. Com isso, o dinheiro para produção de filmes russos diminuiu.
De acordo com o texto, a atitude foi impulsionada pelo fato de que os filmes de Hollywood rendem cinco vezes mais nos cinemas russos do que as produções locais.
A situação na Rússia e no Brasil é bem semelhante. Os governos locais historicamente favorecem a produção em detrimento à exibição e a participação de mercado do cinema nacional no circuito é mais ou menos a mesma.
Outro fator a ser jogado na equação: os dois países (ao lado da China) ganharam grande importância no mercado mundial de cinema nos últimos anos, já que as rendas nos Estados Unidos estão em queda e não há sinal de melhora em um futuro próximo.
Com tantas semelhanças, é válido “nacionalizar” a situação. Será que a manobra deveria ser aplicada no Brasil?
O circuito de cinema do Brasil não exibe tudo o que é produzido no país. Muitos filmes nacionais, inclusive premiados em festivais, não encontram espaço para terem uma estreia comercial.
Investir em novas salas exibidores, especialmente nas periferias e nas pequenas cidades (com preços acessíveis de ingresso) parece fazer mais sentido do que financiar mais filmes. A democratização do equipamento audiovisual (com webcams e câmeras de celular, por exemplo) facilitou a produção de conteúdo. Construir uma sala exibidora é algo mais complicado.
By Edu Fernandes
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