Na madrugada do dia 06 de setembro morreu George Kuchar, aos 69 anos, uma referência para os produtores de filmes independentes com seus curtas debochados cujo senso de humor não era muito apreciado aqui no Brasil. Diretor de mais de 200 filmes (começou a carreira, lá por 1956, ao lado de seu irmão gêmeo Mike, também diretor de clássicos do underground americano como o genial “Sins of the Fleshapoids”), ator em mais de 40 filmes (incluíndo os clássicos longas “Thundercrack!”, 1975, de Curt McDowell e “Screamplay”, 1985, de Rufus Butler Seder). Além de direção e atuação, George Kuchar fez de tudo no caótico mundo do cinema underground, foi também produtor, roteirista, diretor de fotografia, editor, maquiador e técnico em efeitos especiais. Sua obra inspirou grandes cineastas como Guy Maddin, Wayne Wang e John Waters (aliás, foi através de John Waters, lá pela metade dos anos de 1990, que ouvi falar no George Kuchar pela primeira vez e comecei a “caçar” seus curtas para minha coleção de filmes).
Segundo Eliane Lima (que faz mestrado em cinema na escola San Francisco Art Institute, onde George era professor), Kuchar foi diagnosticado com cancêr de próstata um ano atrás, mas manteve o fato em segredo. George foi ator no curta-metragem “Leonora” (2011, 6 min.) dirigido pela Eliane Lima (que também participou do penúltimo filme dirigido por George, “Lingo of the Lost” e do seu vídeo-diário “Butchered Beefcake”).
No dia 30 de agosto foi realizado uma festa de aniversário (que nasceram no dia 31 de agosto de 1942, no Bronx) em homenagem aos gêmeos George e Mike (sem o George, que estava hospitalizado) com exibição do curta “Leonora” (Eliane Lima, 2011) e do documentário “It Came From Kuchar” (Jennifer M. Kroot, 2009).
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