Projeto realizado pelo Núcleo Audiovisual da Secretaria da Cultura de Votorantim leva grandes obras da sétima arte à comunidade
Na noite fria da última quarta-feira, uma tela instalada em frente à Biblioteca Municipal de Votorantim chamava a atenção dos passantes. E aqueles que venceram o ar gelado e não resistiram à curiosidade, assistiram gratuitamente ao filme "O Homem Elefante", que recebeu oito indicações ao Oscar e é uma das obras-primas de um dos principais diretores cinematográficos, o norte-americano David Lynch.
Essa é a quarta edição do evento chamado "Tela Aberta". O projeto é realizado pelos alunos do Núcleo Audiovisual da Secretaria da Cultura de Votorantim, sob a coordenação de Marcelo Domingues e acontece toda última quarta-feira do mês. Além da exibição do filme, o público pode conhecer um pouco da pesquisa sobre diretores realizada pelo grupo.
Mais do que disponibilizar cinema de qualidade gratuitamente ao público, a iniciativa faz parte dos estudos dos alunos do núcleo, que escolhem determinados diretores para pesquisarem. O curso, que tem duração de um ano, culmina com a realização de um projeto audiovisual pelos próprios alunos.
Ainda são poucos os munícipes que assistem ao "Tela Aberta". Tímidos e assustados com o frio, vão aparecendo aos poucos e somando ao grupo, em sua maioria, formado por alunos do núcleo. Para Domingues, conforme o calor for chegando, os votorantinenses deverão participar mais, já que até o momento todas as apresentações ocorreram em dias de temperatura baixa.
Na última quarta-feira, cerca de 20 pessoas participaram do evento. "Chega pessoas de todos os tipos", fala Domingues, lembrando que o projeto chama a atenção além do projeção, também pelo local privilegiado, de fácil acesso ao público.
Um desses curiosos que acabou parando para saber o que ocorria foi o comerciante Antônio Romildo Jacinto. Ele, que caminhava ao redor da praça, chegou para ouvir mais o som que rolava antes do filme e por curiosidade. Não pôde ficar até o fim pois teria que trabalhar, mas aprovou o projeto. "Acho que tudo que diz respeito à cultura é importante", defende ele.
Unidos por David Lynch
Mas as "estrelas" da noite eram mesmo os amigos Adriano Bertanha, 21, Thiago Consiglio, 21, e Yuri Ledesma, 21, que fazem parte do grupo que estuda David Lynch. Durante a tarde, um outro grupo que estuda a obra de Federico Fellini apresentou a obra prima do diretor, "Amarcord", nas dependências do Auditório Municipal "Francisco Beranger".
Os três, que além da idade têm em comum o amor pela obra do Lynch, estudam áreas diferentes: Bertanha faz engenharia; Consiglio, jornalismo, e apenas Ledesma se enveredou pelo cinema. Mesmo assim, o que os une é muito mais forte, a ponto de se dedicarem intensamente a estudar minúcias de cada filme do diretor, que cria obras surreais e oníricas.
Realizadores de um trabalho sério sobre as obras, os jovens chegam a analisar tecnicamente as películas e consideram o núcleo um dos principais motivadores deste aprofundamento, já que todos já eram fãs do diretor.
Essa é a quarta edição do evento chamado "Tela Aberta". O projeto é realizado pelos alunos do Núcleo Audiovisual da Secretaria da Cultura de Votorantim, sob a coordenação de Marcelo Domingues e acontece toda última quarta-feira do mês. Além da exibição do filme, o público pode conhecer um pouco da pesquisa sobre diretores realizada pelo grupo.
Mais do que disponibilizar cinema de qualidade gratuitamente ao público, a iniciativa faz parte dos estudos dos alunos do núcleo, que escolhem determinados diretores para pesquisarem. O curso, que tem duração de um ano, culmina com a realização de um projeto audiovisual pelos próprios alunos.
Ainda são poucos os munícipes que assistem ao "Tela Aberta". Tímidos e assustados com o frio, vão aparecendo aos poucos e somando ao grupo, em sua maioria, formado por alunos do núcleo. Para Domingues, conforme o calor for chegando, os votorantinenses deverão participar mais, já que até o momento todas as apresentações ocorreram em dias de temperatura baixa.
Na última quarta-feira, cerca de 20 pessoas participaram do evento. "Chega pessoas de todos os tipos", fala Domingues, lembrando que o projeto chama a atenção além do projeção, também pelo local privilegiado, de fácil acesso ao público.
Um desses curiosos que acabou parando para saber o que ocorria foi o comerciante Antônio Romildo Jacinto. Ele, que caminhava ao redor da praça, chegou para ouvir mais o som que rolava antes do filme e por curiosidade. Não pôde ficar até o fim pois teria que trabalhar, mas aprovou o projeto. "Acho que tudo que diz respeito à cultura é importante", defende ele.
Unidos por David Lynch
Mas as "estrelas" da noite eram mesmo os amigos Adriano Bertanha, 21, Thiago Consiglio, 21, e Yuri Ledesma, 21, que fazem parte do grupo que estuda David Lynch. Durante a tarde, um outro grupo que estuda a obra de Federico Fellini apresentou a obra prima do diretor, "Amarcord", nas dependências do Auditório Municipal "Francisco Beranger".
Os três, que além da idade têm em comum o amor pela obra do Lynch, estudam áreas diferentes: Bertanha faz engenharia; Consiglio, jornalismo, e apenas Ledesma se enveredou pelo cinema. Mesmo assim, o que os une é muito mais forte, a ponto de se dedicarem intensamente a estudar minúcias de cada filme do diretor, que cria obras surreais e oníricas.
Realizadores de um trabalho sério sobre as obras, os jovens chegam a analisar tecnicamente as películas e consideram o núcleo um dos principais motivadores deste aprofundamento, já que todos já eram fãs do diretor.
Antes do início do filme, foram eles que tomaram a frente do palco para explicar aos presentes, um pouco sobre Lynch e sobre o comovente filme de 1980, que tem no elenco, Anthony Hopkins e John Hurt, no papel de um homem bizarro, considerado um animal de circo. O consagrado diretor norte-americano propõe uma reflexão sobre o estranho mundo e os padrões de beleza.
By Maira Fernandes, Jornal Cruzeiro do Sul
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