segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

BOA VIAGEM, THEO.

Nesta semana vivemos a despedida de Theodoros Angelopoulos (1936 – 2012), o maior cineasta que a Grécia nos deu e uma das grandes mentes do cinema mundial. Responsável por obras primas como “Um Olhar a Cada Dia” e “Paisagem na Neblina” (exibido no Cine Café em 2011), Theo Angelopoulos, como era conhecido, desenvolveu um estilo único de filmar ao fazer dos planos-sequência a sua marca, construindo-os de forma rigorosa, minuciosamente pensados e atingindo resultados fascinantes. Seus filmes eram longos, contemplativos e poéticos. Tecnicamente seu cinema guarda semelhança com o do russo Andrei Tarkovsky, outro mestre da sétima arte, porém as semelhanças param na técnica, enquanto Tarkovsky focava a relação do homem com o espiritual, o etéreo, Angelopoulos focava a relação do homem dentro do seu contexto social e suas condições de sobrevivência no mundo. Seus personagens são eternos viajantes em busca da compreensão de uma Grécia em constante ebulição através da história, mas em busca também de suas raízes e seu passado para entender o presente. A Grécia de Angelopoulos é aquela de paisagens invernais, chuva, neblina, portos, estações e fronteiras. Pouco conhecido do grande público, mas aclamado por cinéfilos e críticos do mundo todo, esse cineasta grego deixa um legado de imagens antológicas que refletem e fazem refletir a civilização contemporânea. 
Quem quiser saber mais sobre a obra de Theo Angelopoulos pode acessar meu blog: http://marcelo-domingues.blogspot.com/p/grandes-diretores.html

Woody Allen fala sobre sua vida e processo de criação em filme

Como Woody Allen não acredita no próprio sucesso, a vida do documentarista Robert Weide se tornou mais difícil. Por quase três décadas, Weide esperou um sim do diretor nova-iorquino para os seus pedidos de entrevista. 
As filmagens de "Woody Allen, A Documentary" começaram em outubro de 2008, depois de Weide enviar uma carta para explicar por que "era a pessoa certa para aquela empreitada".
Para ter sua autorização, o diretor conta que ajudou o fato de terem os mesmos heróis culturais. Weide se refere ao comediante W.C. Fields e aos irmãos Marx, temas de dois filmes produzidos por ele.
Exibido pelo canal público PBS em novembro de 2010 --à venda em DVD na Amazon, no próximo mês--, o documentário de 192 minutos está dividido em duas partes.
O primeiro segmento aborda a infância de Allen em Midwood, região do Brooklyn habitada por judeus, e termina com o lançamento de "Memórias" (1980), uma crítica ao preço da fama.
A segunda parte comenta a separação escandalosa entre Allen e a atriz Mia Farrow, em 1992, motivada pela relação dele com Soon-Yi Previn, filha adotiva da atriz.
O diretor se casou com Soon-Yi, até hoje a sua mulher. Farrow e a filha adotiva não figuram entre os mais de 40 entrevistados por Weide. 

PRODUTIVIDADE
Apesar de ter se tornado fã de Woody Allen na infância, após ver "Um Assaltante Bem Trapalhão" (1969), Weide, 52, não havia notado como o cineasta, diretor de 42 longas-metragens, é produtivo.
"Ele lançou um filme por ano durante quatro décadas. Quando não escreve ou dirige, ele está editando."
Indicado ao Oscar de documentário por "Lenny Bruce: Swear to Tell The Truth" (1998), Weide afirma sentir vergonha por ter demorado mais de um ano e meio para concluir "Woody Allen".
"No mesmo período, ele estaria no fim do segundo filme", diz o diretor. "Allen acredita na quantidade. Dirigindo um longa-metragem após o outro, talvez ele possa apresentar o que chama de 'uma obra razoável', quem sabe, 'até boa'."
Weide teve acesso às filmagens de "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos" (2010), em Londres, e acompanhou o diretor durante a première de "Meia-Noite em Paris" (2011) --indicado ao Oscar deste ano nas categorias melhor filme e melhor roteiro, e maior sucesso de bilheteria de Allen.
Também na disputa pelo Oscar de melhor diretor, Allen, 76, continua mergulhado em sua rotina ininterrupta. Ele está finalizando "Nero Fiddled", comédia filmada em Roma. O lançamento será no segundo semestre.
"Embora não seja tratado assim, Allen é um diretor independente", fala Weide. Ninguém lê os roteiros criados na máquina de escrever que ele comprou aos 16 anos. "Ele só agrada a si mesmo."
Em conversa informal, Allen revelou ao documentarista que "o segredo é manter o orçamento baixo".
Segundo Weide, nem Alexander Payne nem Martin Scorsese, também indicados ao Oscar, têm a mesma autonomia. "Eles precisam obter dos produtores a aprovação do roteiro." Ao fazer filmes econômicos, Allen conquistou a alforria cinematográfica. 

 Francisco Quinteiro - Colaboração para a  Folha, de Nova Iork

Vencedor da mostra de Tiradentes critica operação em Pinheirinho

O documentário "A Cidade é uma Só?", de Adirley Queirós, venceu neste sábado (28) o prêmio do júri da mostra competitiva Aurora do festival de cinema de Tiradentes. O filme, que mistura personagens reais e fictícios, fala sobre a retirada de moradores de invasões em Brasília nos anos 1970 e a consequente especulação imobiliária na região.
Para o diretor do filme, o processo de retirada dos operários e familiares que passaram a morar em invasões durante a construção de Brasília é semelhante ao cumprimento da reintegração de posse de uma área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no último dia 22.
"Se meu filme tem alguma relação com eventos recentes, é com Pinheirinho. Brasília passou pela mesma higienização covarde que Pinheirinho. Lá, as pessoas foram jogadas na rua e surgiram lugares como a Ceilândia", disse o cineasta à Folha, após a premiação.
Para ele, a ação policial em SP que resultou em conflito com parte das 700 famílias que viviam no local "só faltou jogar álcool e queimar os moradores".
Realizado a partir de um edital para filmes que tratassem dos 50 anos de Brasília, o documentário de Adirley Queirós aborda a CEI (Campanha da Erradicação de Invasões) promovida na capital federal nos anos 1970.
A sigla que acabou se tornando parte do nome que se deu à área: Ceilândia. Uma das personagens do documentário, Nancy Araújo, participou da gravação do jingle da CEI, que se chamava "A Cidade é uma Só".
O longa aborda também a especulação imobiliária na região (Brasília e cidades-satélite) desde a construção da capital federal. 

PREMIADOS
Os documentários "HU", de Pedro Urano e Joana Traub Csekö, e "O Mineiro e o Queijo", de Helvécio Ratton, receberam os prêmios do júri jovem e do público da 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes, respectivamente.
O primeiro fala sobre o prédio do hospital universitário da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), enquanto que o filme de Ratton trata de queijos artesanais de Minas Gerais que não podem ser vendidos no resto do país devido a leis higienistas.
Entre os curtas, "Quando Morremos à Noite", de Eduardo Morotó, venceu o prêmio do júri da mostra Foco e "L", de Thais Fujinaga, recebeu o prêmio do público.
Ao longo de nove dias, o festival de Tiradentes exibiu 116 filmes e recebeu um público de cerca de 35 mil pessoas, segundo estimativa dos organizadores do evento.

Filmes chilenos triunfam na categoria internacional do festival de Sundance

O filme "Violeta se Fue a los Cielos", dirigida pelo chileno Andrés Wood, e "Young & Wild", estreia da diretora Marialy Rivas, levaram neste sábado (28) os prêmios de melhor filme internacional e melhor roteiro internacional no Festival de Sundance.
O júri da principal vitrine de cinema independente nos Estados Unidos destacou "Violeta se Fue a los Cielos", uma coprodução do Chile, Brasil, Argentina e Espanha, que conta a tumultuosa e excitante vida da cantora e ícone popular chilena Violeta Parra.
A cinematografia do país sul-americano teve uma segunda alegria com o prêmio de melhor roteiro internacional para o também chileno "Young & Wild", estreia da diretora Marialy Rivas, e escrita pela própria diretora, Camila Gutiérrez e Pedro Peirano.
"Young & Wild" é a história de uma adolescente chilena criada no seio de uma família evangélica que luta por encontrar sua sexualidade no país sul-americano.
Na categoria de melhor documentário internacional, se impôs o israelense "The Law in These Parts", dirigida por Raanan Alexondrowicz, que descreve com crueldade o sistema legal militar israelense nos territórios ocupados palestinos.

Como melhor filme americano, o júri destacou "Beasts of the Southern Wild", de Benh Zeitlin, uma fábula mágica sobre uma menina de seis anos que vive com seu pai doente terminal em uma pequena comunidade do delta do Mississípi.
Por sua vez, "The house I live in", de Eugene Jarecki e que já ganhou um prêmio em 2005, venceu entre os documentários dos EUA com um complexo retrato das contraditórias consequências da guerra contra as drogas nas últimas quatro décadas.
Os prêmios do público foram para o indiano "Valley of Saints", em sua categoria internacional, e para o americano "The Surrogate", que conta com as atuações de Helen Hunt e William H. Macy e que também recebeu o prêmio especial do júri.
"The Surrogate", dirigido e escrito por Ben Lewin, é um drama baseado na história real do jornalista e poeta Mark O'Brien e sua luta para sobreviver com um pulmão artificial.
Os documentários filmes destacados pelo público foram "Searching for Sugar Man", coprodução de Suécia e Reino Unido, e o americano "The Invisible War".
Além disso, o turco "Can" ganhou o afamado prêmio especial do júri por sua Visão Artística, com seu relato de um jovem casal em Istambul cuja relação se vê ameaçada por sua tentativa de adoção ilegal de uma criança.
Os dois diretores mais conhecidos que concorreram no festival, o americano Spike Lee com sua fita "Red Hook Summer" e o britânico Stephen Frears com "Lay the Favourite" saíram de mãos vazias.
Durante os nove dias do festival em Salt Lake City (Utah), foram programados mais de 110 longas-metragens de 31 países - incluindo 88 estreias mundiais - entre os quais havia seis produções ibero-americanas.
Entre outros filmes latino-americanos no concurso estava o brasileiro "A Cadeira do Pai", de Luciano Moura.
Fora de competição foi apresentada a produção sobre atividades paranormais "Red Lights", do diretor espanhol Rodrigo Cortés que contou com a participação de Robert De Niro, Sigourney Weaver e Elizabeth Olsen.
Sundance, cujo propósito principal é oferecer notoriedade e distribuição no mercado americano, registrou para sua edição 2012 uma alta de 6% de solicitações de participação em relação aos números de 2011.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Cine Café

Nesta semana (03/01)  não teremos Cine Café..
Voltaremos dia 03 de fevereiro com o belíssimo "Olhar Estrangeiro" - um documentário que fala da imagem que os gringos tem do nosso País.
A diretora Lucia Murat estará presente na sessão..
Enquanto isso curta o trailler do próximo Cine Café..
 

Produtora da Mostra Internacional de Cinema ganha destaque cultural

 A produtora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Renata de Almeida, foi o grande Destaque Cultural escolhido pelo júri do Prêmio Governador do Estado para a Cultura 2011. Ela recebe o prêmio de R$ 100 mil da Secretaria de Estado da Cultura pelo conjunto do seu trabalho. Desde 1990, junto com seu marido Leon Cakoff, morto no ano passado, ela é responsável pela seleção de filmes e programação da mais conhecida mostra cinematográfica do País e uma das mais importantes do mundo. O Prêmio foi entregue na última terça-feira em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.O Prêmio Governador 2011 distribuiu mais sete prêmios em dinheiro, no valor de R$ 60 mil cada, para os vencedores do júri das outras modalidades: o artista plástico Fernando Lemos, pela exposição Lá & Cá, na modalidade Artes Visuais; Marco Dutra e Juliana Rojas na modalidade Cinema, pelo filme Trabalhar Cansa; em Circo, Roger Avanzi, com seu personagem Palhaço Picolino; a companhia Ballet Stagium, em Dança, pelo espetáculo comemorativo dos seus 40 anos; Sérgio Vaz na modalidade Inclusão Cultural, com seu trabalho na Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa); Suzana Salles, no prêmio de Música, pela realização da Semana da Canção Brasileira de São Luiz do Paraitinga; e a Cia. Hiato, em Teatro, com o espetáculo O Jardim. No total, o Prêmio Governador 2011 entregou R$ 520 mil, o maior valor distribuído por um governo estadual brasileiro em uma premiação do tipo. "O reconhecimento do trabalho realizado é um incentivo do Governo de São Paulo para estimular a produção cultural de qualidade", afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.


Prêmio Popular
Além do prêmio do júri, em dinheiro, os artistas, grupos e instituições escolhidos pelo voto popular receberam o troféu elaborado pelo artista plástico Florian Raiss especialmente para o Prêmio Governador 2011. O site do evento na internet recebeu mais de 120 mil votos entre os dias 3 e 23 de janeiro. Duas modalidades tiveram apenas votação popular: com 12.988 votos, o SESC-SP foi escolhido como a melhor Instituição Cultural de 2011; já a Caixa Econômica Federal, com 7.493 votos, recebeu o prêmio popular de Mecenato. Além do prêmio do júri, Sérgio Vaz, coordenador da Cooperifa, também foi o escolhido pelo voto popular na modalidade Inclusão Cultural (4.744 votos) e ainda recebeu o Destaque Cultural, pelo conjunto da obra, com 3.524 votos. Confira os outros ganhadores do voto popular: Nelson Leirner, com a exposição 2011-1961=50 anos, na modalidade Artes Visuais (1.483 votos); Moacyr Franco, na modalidade Cinema, pela atuação em O Palhaço (11.071 votos); José Amilton França, em Circo, com o personagem Palhaço Tubinho (8.388 votos); o Ballet Stagium, em Dança, com 4.068 votos. Na modalidade Música, Inezita Barroso recebeu 6.029 votos pelo programa Viola, Minha Viola; e em Teatro, a Cia. Munguzá recebeu 2.107 votos pelo espetáculo Luis Antonio - Gabriela.

Histórico
Criado na década de 50, o Prêmio Governador do Estado foi por vários anos um dos mais tradicionais do país. Nos anos 90, deixou de ser entregue e ficou suspenso por mais de duas décadas, até ser retomado em 2010. Ao longo de sua história, premiou artistas como Cleyde Yáconis (1953, 1958 e 1961), Stênio Garcia (1966) e Esther Góes (1973). Em 2010, primeiro ano da retomada, foram premiados o músico Tom Zé, a artista plástica Amélia Toledo e a atriz Nydia Lícia, entre outros artistas.

Notícia publicada na edição de 26/01/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 004 do caderno C

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Atores dizem que comédia 'Reis e ratos' é um 'filme de amigos'

Quando Rodrigo Santoro recebeu o convite para fazer parte do elenco de "Reis e ratos", Selton Mello, o primeiro ator a aceitar fazer parte do filme de Mauro Lima e que ajudou a convocar amigos para o projeto, perguntou: "Vamos brincar? Vamos fazer um exercício bacana?".
Esse foi o espírito da equipe que participou do longa que estreia no dia 17 de fevereiro nos cinemas. Com cachês simbólicos e sem data para serem pagos, Santoro, Selton, Otávio Müller, Cauã Reymond e o restante do grande elenco interromperam suas agendas por 17 dias em 2009 para gravar (e se divertir) com a comédia com pitadas de história (há fatos da Guerra Fria e do golpe militar de 1964) e sátiras de produções hollywoodianas.
"Foi um filme de brother", contou Cauã durante encontro com a imprensa nesta terça-feira (24), em um hotel no Rio de Janeiro. "Essa foi a proposta desde o início. Com certeza não aceitamos pelo cachê", completou Santoro, que em breve será visto em "What to expect when you're expecting" ao lado de Jennifer Lopez.
Curiosamente, os dois vivem personagens que fogem do estereótipo de galãs a que estão acostumados. O primeiro aparece com um aspecto asqueroso. Com uma maquiagem caprichada nas cicatrizes, dentes (podres) falsos e até uma baba recorrente no canto da boca, Santoro dá vida ao personagem que melhor se encaixa ao "rato" do título. Viciado em anfetaminas, cafetão, trambiqueiro, Roni Rato é um "típico meliante", como ele mesmo define.
"Foi ótimo (viver a transformação). Pesquisei a droga, vi que todos ficam com o dente podre em dois meses, acabados. Queria mostrar quem era o Roni Rato, um meliante, que vivia ali no buraco, ladrãozinho, que agencia mulher”, contou.
Ao contrário do amigo, Cauã não mudou muito o visual que o ajudou a conquistar beldades como Grazi Massafera, sua mulher, e Alinne Moraes, a ex. Apenas um pequeno bigode, moda da época – o filme remete aos anos 60 – está diferente em sua aparência, mas o sex appeal do médium e locutor de rádio Hervê Gianini fica comprometido por dois detalhes.
Primeiro, pela indecisão quanto à sua sexualidade. Sua voz faz sucesso com as mulheres (o ator diz que fez fonoaudiologia e ouviu exaustivamente a gravações do repórter Esso para o papel), mas Hervê exibe trejeitos afeminados e dispensa a gratidão da bela crooner Amélia Castanho (Rafaela Mandelli), cuja a vida salva duas vezes com suas previsões mediúnicas.
Além disso, vive a receber espíritos que o transformam ora em um espião russo, ora em um guerreiro cossaco, entre outros tipo nos quais o cômico impera sobre o sedutor. Interpretar a mediunidade, aliás, foi uma curiosa dificuldade para o ator: "Sou um cagão. Ouço muito barulho, aí começo a rezar", confessa.
Amigo e parceiro de trabalho de Mauro Lima, com quem trabalho em "Meu nome não é Johnny" (2008), Selton Mello vive o estereotipado agente da CIA Troy Somerset, parceiro do major Esdras (Otávio Müller). Dublador profissional dos 12 aos 20 anos, ele atua como se dublasse a si mesmo. "Faço um americano falastrão. Não queria fazer aquele sotaque de gringo típico", conta.
O filme, realizado com cenário e figurinos de segunda mão (grande parte da produção de "O bem amado"), conta a história que antecede o golpe de 64 através do ponto de vista de personagens fictícios, todos de alguma maneira ligados à conspiração. "Queria um lado sedutor de um grupo de canalhas que estavam ali na véspera do golpe de estado. Mas queria também que a história do Brasil não fosse delirante no filme. Os personagens são inventados, aquilo tudo é loucura. Mas os elementos estão todos lá, se você botar no Google, vai ver que são reais", explica Mauro Lima.
Seu Jorge, Paula Burlamaqui, Kiko Mascarenhas e Bel Kutner também estão no elenco. Marcelo Adnet e Gregório Duvivier fazem participação especial, no início do longa, quando um atentado a bomba explode o coreto de uma praça em Bacaxá. A música tema foi composta por Caetano Veloso especialmente para o filme.




quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

OFICINAS DE INTERPRETAÇÃO PARA CINEMA E TELEVISÃO

 
As inscrições estão abertas no CEC - Centro de Educação e Cultura, sala 02, com a Profª Elza, na Rua Prudente de Moraes nº 580 – Centro, no período de 23 a 27 de janeiro, em horário comercial. As oficinas serão gratuitas e selecionarão os atores que participarão do filme documentário sobre a cidade de Salto. Podem se inscrever crianças de 10 até 13 anos; adolescentes de 14 até 17 anos, e adultos de todas as idades, a partir de 18 anos.

6ª Edição do Festival Curta Atibaia

O Curta Atibaia reune as cabeças mais dispostas, interessantes e criativas da região, refazendo através da criação artística audiovisual, a cena cultural de maior vanguarda de Atibaia.
O ano de 2012 traz a 6ª edição do Festival, remodelado e com uma gama de atividades inéditas. Além da Mostra Competitiva, que será realizada no final de semana do dia 28 de janeiro, o Festival se estenderá até julho, com mostras de filmes e oficinas técnico audiovisuais, com o propósito de integrar realizadores e público, fomentar a atividade cultural, e fornecer um maior embasamento já visando o Festival de Curtas de 2013. 
Acompanhe no site  www.curtaatibaia.com.br e fique pordentro das açoes do Curta Atibaia!  
 

Morre Theo Angelopoulos

Com 76 anos, o diretor grego Theo Angelopoulos, autor de filmes notáveis como Paisagem na Neblina e O Passo Suspenso da Cegonha, morreu em consequência de um atropelamento. O cineasta foi atingido por uma moto, e, levado ao hospital com hemorragia cerebral, não resistiu aos ferimentos. O dado que torna a notícia ainda mais  pungente é que Angelopoulos foi vitimado enquanto rodava um filme sobre a grave crise econômica que se abate sobre o seu país.

Apaga-se assim a vida de um dos mais importantes cineastas contemporâneos, um dos poucos artistas verdadeiros dessa arte comercial, tão banalizada pela indústria do entretenimento.

Angelopoulos chegou a ganhar a Palma de Ouro em Cannes em 1998 por seu A Eternidade e um Dia. Realizou cerca de 15 longas-metragens e vários curtas, obra relativamente sintética porém muito marcante. Os principais são A Viagem dos Comediantes; Paisagem na Neblina, de 1988; Um Olhar a Cada Dia, de 1995; Viagem a Citera, de 1984; O Passo Suspenso da Cegonha, de 1991 e a Trilogia – O Vale dos Lamentos.

Angelopoulos nasceu em Atenas em 1935 e fez estudos de Direito antes de aprender cinema na França, no célebre IDHEC (Institute des Hautes Études Cinématographiques). De volta à Grécia, tornou-se crítico de cinema e, em seguida, realizador. Influenciado pelas ideias de Bertolt Brecht, planejou compor um grande afresco histórico do seu país, dos anos 1930 (Dias de 36, evocando a morte de um líder sindical) aos tempos mais contemporâneos, com Os Caçadores (sobre a burguesia) e Os Atores Ambulantes.

Em sua trajetória, Angelopoulos foi infletindo ligeiramente o ângulo do seu interesse. Dos primeiros filmes abertamente políticos, e testemunhos de uma época de turbulência, passou a um enfoque mais pessoal, mas no qual a História ocupava um lugar importante no quadro de referência. A fase final refletia uma busca mais madura e espiritual. Mas o filme que rodava quando a fatalidade o colheu, mostra que sua preocupação com o real, com a dramaticidade do real, continuava intacta. Em sua mais grave crise da era moderna, a Grécia perde assim esse olhar lúcido de seu artista maior.

Sua estética, baseada em planos longos e movimentos de câmera suave, não contribuíram para que se tornasse particularmente popular. No entanto, Angelopoulos foi sempre muito bem agraciado pela crítica. E pelos festivais de cinema, em especial os mais importantes entre eles.

Alexandre, o Grande venceu o Leão de Ouro do Festival de Veneza. O mesmo festival lhe deu o Leão de Prata por Paisagem na Neblina, uma obra-prima. Com Um Olhar a Cada Dia, venceu o Prêmio Especial do Júri em Cannes, o mesmo festival que, no ano seguinte, lhe daria seu prêmio máximo, a Palma de Ouro por A Eternidade e um Dia.

Angelopoulos esteve no Brasil em 2009, homenageado pela Mostra de São Paulo em sua 33ª edição. Antes, a Mostra havia realizado uma retrospectiva de seus filmes, até então pouco divulgados entre nós. Nesse ano apresentou aqui seu A Poeira do Tempo, seu último longa-metragem concluído.
Em sua visita a São Paulo, filmou no Metrô o episódio Céu Inferior, do longa O Mundo Invisível, ainda inédito comercialmente, apresentado na Mostra de Cinema do ano passado.

By Luís Zanin (http://blogs.estadao.com.br)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

"O Artista"

Sindicato dos produtores dos EUA premia filme mudo 'O artista'
O filme mudo "O Artista" seguiu sua vitória no Globo de Ouro, ganhando com honras o prêmio do sindicato dos produtores de cinema dos Estados Unidos (PGA, na sigla em inglês) no sábado (21), e seguindo seu caminho rumo à noite do Oscar.
O produtor Thomas Langmann recebeu o prêmio entregue no Beverly Hilton, batendo o drama familiar de George Clooney e outro favorito ao Oscar, "Os Descendentes". Entre os concorrentes também estavam "Cavalo de guerra”, o novo de Steven Spielberg, e “A invenção de Hugo Cabret”, de Martin Scorsese.

'The Artist' é destaque no Bafta com 12 indicações

O filme mudo The Artist dominou as indicações do Bafta, o Oscar do cinema britânico, e concorrerá em 12 categorias. A Academia Britânica de Cinema divulgou os nomeados nesta terça-feira (17), para o prêmio que será entregue no próximo dia 12 de fevereiro, em Londres.
Entre os candidatos a melhor filme figuram The Artist, Os Descendentes, Drive, Histórias Cruzadas e O Espião que Sabia Demais, segundo as nominações anunciadas na sede da Academia britânica pelos atores Daniel Radcliffe e Holliday Grainger.
Filme mudo e em preto e branco, The Artist levou dois Globos de Ouro no último domingo (15), premiando a produção como melhor filme comédia/musical e Jean Dujardin como melhor ator.
Streep, que venceu o Globo de Ouro por A Dama de Ferro, concorrerá a melhor atriz no Bafta contra Bérénice Bejo (The Artist); Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn), Tilda Swinton (Precisamos Falar sobre o Kevin) e Viola Davis (Histórias Cruzadas).
Clooney, laureado no Globo de Ouro como melhor ator por Os Descendentes, irá competir desta vez com Brad Pitt (O Homem que Mudou o Jogo), Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais), Jean Dujardin (O Artista) e Michael Fassbender (Shame).
Martin Scorsese, que também acaba de levar um Globo de Ouro, é candidato a um Bafta de melhor diretor por A Invenção de Hugo Cabret. Também foram indicados nesta categoria Michel Hazanavicius (The Artist), Nicolas Winding Refn (Drive), Tomas Alfredson (O Espião que Sabia Demais) e Lynne Ramsay (Precisamos Falar sobre o Kevin).
Ao prêmio de melhor filme em língua estrangeira concorrerão A Pele que Habito, de Pedro Almodóvar, A Separação, de Asghar Farhadi, Incêndios, de Denis Villeneuve, Pina, de Wim Wenders, e Potiche - Esposa Troféu, de François Ozon.
Concorrerão a melhor documentário George Harrison: Living in the Material World, de Martin Scorsese, Project Nim, de James Marsh, e Senna, de Asif Kapadia.
Na categoria melhor animação estão As Adventuras de Tintim: o segredo do Licorne, de Steven Spielberg, Operação Presente, de Sarah Smith, e Rango, de Gore Verbinski.

Estreia: documentário faz jornada sensorial pela obra de Tom Jobim

"A linguagem musical me basta". Essa é a frase que fecha o documentário "A Música segundo Tom Jobim". Ela é atribuída ao músico, mas poderia muito bem ser o discurso dos diretores do longa, o veterano Nelson Pereira dos Santos e a estreante Dora Jobim, neta do maestro e diretora de DVDs musicais.
Neste filme bastante peculiar, a obra do artista é dissecada por imagens de arquivos - fruto de uma extensa pesquisa da dupla e de Antônio Venâncio, não apenas no acervo do Instituto Tom Jobim, mas nas mais diversas fontes como canais de televisão estrangeiros e até na internet.
Num filme como esse, a edição é bastante importante. Conta muito a forma como os diretores articulam a sequência de números musicais de intérpretes os mais variados - numa lista que inclui desde Gal Costa e Elizeth Cardoso, passando por Diana Krall cantando em português, o francês Jean Sablon, os norte-americanos Ella Fitzgerald, Sammy Davis Jr. e Frank Sinatra. Por meio da montagem, Nelson e Dora constroem um diálogo de tempo e espaço tendo como unidade a obra compositor.
Não há explicações, conjeturas ou falatório. É música, música, música. Para o leigo - aquele que aprecia Tom Jobim sem conhecimento profundo de causa -, o longa é prazer para os ouvidos, com direito a muitas descobertas - como a tocante interpretação de Judy Garland para "How Insensitive" (versão em inglês de "Insensatez"), que Dora achou no Youtube.
Para os fãs do músico, talvez o filme não traga muitas novidades, mas o prazer reside exatamente na conjugação de sons e imagens, que contam de forma não-cronológica, mas temática, a história de Tom Jobim como músico.
Uma escolha curiosa da dupla de diretores é não creditar o nome dos intérpretes ao longo do filme, quando aparecem cantando. Funciona bem - até como uma brincadeira de se descobrir quem é quem e também no sentido de não poluir a imagem ou distrair a atenção. Ao final do longa, uma lista com imagens dá conta desses créditos.
Nelson Pereira dos Santos que em seu currículo inclui dramas ("Vidas Secas", "Brasília 18%") e documentários ("Raízes do Brasil") alia a sua longa experiência, inclusive como diretor de ficção, à sensibilidade de Dora, que chegou a conviver com o avô, morto em 1994.
Com sua sensibilidade aguçada, "A música segundo Tom Jobim" é uma viagem sensorial por um universo musical bastante rico. É também uma jornada por nossa cultura e a visão desta pelo mundo afora. "Garota de Ipanema" é uma das músicas mais cantadas no mundo - e no documentário não é diferente, trazendo diversas versões dela, na interpretação de músicos como Errol Garner, Pat Hervey, Marcia e Lio - fora a versão original.
Tom Jobim levou sua música para os quatro cantos do mundo. O mais interessante é que sua obra, por mais bem-aceita que tenha sido, nunca foi feita pensada na exportação. Seu sucesso fora do Brasil é pura e muito justa consequência.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

Cineasta Nanni Moretti presidirá júri do 65º Festival de Cannes

O ator e diretor italiano Nanni Moretti, que recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 2001, presidirá neste ano o júri da 65ª edição deste grande evento do cinema mundial, anunciaram nesta sexta-feira (20) os organizadores.
Nanni Moretti, de 58 anos, que sucederá o diretor e ator Robert De Niro, apresentou seis filmes no Festival, entre eles "Habemus papam", no ano passado, e foi membro do júri em 1997, na edição do cinquentenário.
"É uma alegria, uma honra e uma grande responsabilidade presidir o júri do festival de cinema mais prestigiado do mundo, que ocorre em um país que sempre considerou o cinema com atenção e respeito", declarou ao aceitar o convite, informaram os organizadores em um comunicado.
"Como diretor, sempre vivi com emoção a participação de meus filmes em Cannes. Também lembro com prazer de minha experiência como jurado na edição do cinquentenário", indicou.
Por último, "como um espectador, conservo felizmente a mesma curiosidade de minha juventude, razão pela qual é um grande privilégio para eu realizar esta viagem pelo mundo do cinema contemporâneo", acrescentou.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

um pouquinho sobre Lars von Trier

Dica para fim de semana

YouTube lança festival que levará cineastas a Veneza

Ridley Scott se uniu ao YouTube para levar jovens cineastas ao Festival de Veneza. Cerca de 50 filmes com até 15 minutos passarão por uma seleção para fazer parte do canal no YouTube da produtora Scott Free Productions. 
Entre esses 50, 10 serão selecionados para prestigiar a 69ª edição do Festival de Veneza, onde serão exibidos os curtas e o publico elegerá o melhor, que leva para casa US$ 500 mil do YouTube, para realizar um trabalho com a produtora de Ridley Scott.
As inscrições para o Your Film Festival vão de 2 de fevereiro a 31 de março, apenas para maiores de 18 anos. Estão proibidos de participar filmes divulgados antes de 1º de janeiro. 




quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mostra que segue até o dia 29 reúne os filmes do casal Jean-Marie Straub e Danièle Huillet

Crônica de Anna Magdalena Bach" (1967) talvez seja a obra mais reconhecida de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet. Foi elogiada por Glauber Rocha, numa época em que o cinema tinha prazer em reinventar-se. Esse processo de criação contínua pode ser conferido na Mostra "Straub-Huillet", que o CCBB realiza de hoje a 29 de janeiro. É composta de filmes dirigidos pela dupla, com exceção de alguns assinados apenas por Straub, como o episódio "Streghe" (Bruxas), do longa "Entre Mulheres", o longa-metragem "Joachim Gatti" e mais alguns curtas como "Um Herdeiro", "Chacais e Árabes" e "O Inconsolável". Os outros todos são codirigidos. A parceria entre os dois vai de 1963, com o curta "Machorka Muff", até "Esses Encontros com Eles" (Quei Loro Incontri), de 2006. Casaram-se em 1959 e ficaram juntos até a morte de Danièle, em 2006. Estabeleceram uma parceria bastante assimétrica e pouco nítida em termos da divisão do trabalho. No mundo do cinema dizia-se que Jean-Marie se ocupava da produção e da filmagem, enquanto Danièle ficava com a montagem e a pós-produção. No entanto, tudo indica que colaboravam em todas as fases da filmagem, num verdadeiro processo de troca e simbiose artística. Parte do processo de criação desse dueto pode ser visto no documentário "Onde Jaz o Teu Sorriso?", do português Pedro Costa que acompanha o casal durante a edição de "Gente da Sicília", inspirado no romance de Elio Vitorini. Nele, vemos que a sintonia do casal era conseguida à custa de várias desafinadas conjuntas. Nenhuma surpresa: discordâncias e visões contraditórias sobre a obra podem beneficiá-la, no final. De qualquer forma, o casal Straub-Huillet desenvolveu um estilo muito marcante de fazer cinema, diferente de todos os outros. Trata-se de uma verdadeira assinatura autoral. Em geral descrita por adjetivos como "austera", "rigorosa", "despojada". Tudo isso faz sentido. Usam planos longos, muitas vezes estáticos. Não há um movimento de câmera que não seja justificado pela concepção geral da linguagem cinematográfica escolhida. Ou seja, não dão passos em falso e buscam a depuração contínua do processo, em direção à simplicidade. Trabalham muitas vezes com material literário e procuram levar à tela o próprio corpo dessa linguagem da literatura. Como? Fazendo os atores (muitas vezes não profissionais) escandir as palavras como se estivessem medindo as sílabas num poema. É assim, por exemplo, em "Gente da Sicília", de Vitorini, mas também nas sucessivas visitas que fizeram aos "Diálogos com Leucó", de Cesare Pavese. Em "Da Nuvem à Resistência" (1980) a "Esses Encontros com Eles" (2006), Straub e Huillet foram estabelecendo a relação entre o cinema e esses misteriosos relatos propostos por Pavese em 1947. Numa época em que o discurso neorrealista, de forte cunho social se impunha como dominante na Itália do pós-guerra, Pavese fazia na contracorrente, sua releitura da mitologia, com personagens como Édipo e Tirésias, que refletem sobre a sexualidade, a vida, o destino e a morte. Há uma excelente edição dos "Diálogos com Leucó" em português, editado pela CosacNaify, com tradução de Maurício Santana Dias. Straub e Huillet dialogaram com escritores como Vitorini, Heinrich Boll, Corneille, Brecht, Pavese e Kafka, e músicos como Bach e Arnold Schoenberg. O que fazem com essas obras alheias é menos encontrar uma correspondência entre elas e o cinema e mais estabelecer um diálogo fértil entre as linguagens irredutíveis da literatura e do cinema. Vale a pena conhecer ou rever esses filmes que resistem a qualquer classificação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mostra Straub-Huillet CCBB (Rua Álvares Penteado 112, Centro). Telefone (011) 3113-3651. De 3ª a domingo. R$ 4. Até 29/1 

Notícia publicada na edição de 19/01/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 004 do caderno C

Surrealismo no CINE CAFÉ

O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA de Luis Buñuel: Um jogo surrealista e cheio de arte. Só é possível sentir saudades daquilo que se gosta. Um grupo de burgueses se reúne para jantar, mas são constantemente interrompidos devido a estranhos acontecimentos. A rotação da Terra é o movimento giratório que ela realiza ao redor do seu próprio eixo, no sentido anti-horário. Mistura de situações reais com os sonhos e devaneios dos personagens propositalmente carentes de profundidade e que guiam uma sucessão de acontecimentos malucos com humor e charme. Não há movimento no cinema, tudo não passa de uma sucessão de imagens estáticas. Ilusão. Enquanto nós ficamos perplexos diante de tamanha loucura, os amigos burgueses parecem não se impressionar com nada. O filme é uma crítica irreverente às situações e a hipocrisia da vida social burguesa. Pare agora. Ouça uma música. Dirigido pelo mestre do surrealismo no cinema Luis Buñuel, O Discreto charme da Burguesia foi o vencedor do Oscar de Melhor filme estrangeiro de 1972. 
Assista o vídeo e veja o q te espera amanhã:
Venha conferir o filme completo amanhã (20/01) as 19h no CINE CAFÉ - onde você pode assistir filmes de um jeito diferente
Oficina Cultural Grande Otelo – Toda sexta-feira 19 h. Entrada Franca
Realização: Sesc Sorocaba - Curadoria: Marcelo Domingues
www.cinecafesorocaba.blogspot.com

Curta TeleImage

Estão abertas as inscrições para o prêmio Curta TeleImage, que visa a financiar a produção de notáveis roteiros de curta-metragem. O prêmio será concedido a dois projetos, um de ficção e outro de documentário, que tenham duração projetada de até 20 minutos. Os vencedores terão financiamento completo para a finalização de imagem e som de seus projetos. As inscrições serão aceitas até o dia 15 de março e podem ser feitas pelo site www.curtateleimage.com.br, no qual consta o regulamento do prêmio. Os vencedores serão anunciados no dia 16 de abril. Uma empresa parceira facilitará o transfer das imagens dos vencedores. 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (AE)

Drama do Brasil compete no Festival Sundance 2012

Produzido pela O2 Filmes, rodado em Paulínia em 2011, A Cadeira do Pai marca a estreia de Luciano Moura na direção de longas-metragens. Com roteiro do próprio diretor e de Elena Soarez (Nome Próprio, Os Desafinados, Redentor) será o único filme brasileiro em competição no Festival de Sundance 2012, na categoria World Cinema Dramatic Competition
O longa marca também o primeiro 'drama-thriller-road movie' e, ao mesmo tempo, principal papel como pai de Wagner Moura. Na trama, o ator é o médico Theo, que cresceu com um pai ausente (Lima Duarte), até se tornar um controlador: não consegue se entender com o filho adolescente Pedro (Brás Antunes) e ainda passa por uma separação complicada. Tudo vai mal até que o filho ganha uma cadeira, que pertenceu ao pai de Theo. Nessa hora, ele perde a razão e quebra a cadeira. O rapaz foge de casa. E Theo parte em uma jornada em busca do filho.
"Ele é um cara que está acostumado a controlar tudo. Mas o buraco do Theo é não ter um pai. E tudo que ele criou para ter estabilidade emocional rui quando a mulher pede o divórcio e o filho some. Ele, que nunca prestou muita atenção no garoto, passa a conhecê-lo melhor ao longo da jornada. Não vemos o menino, só seus rastros. O menino vai encontrando seu caminho. E Theo descobre que o filho foi encontrar o avô. Ele se transforma ao longo da viagem, das porradas que toma", explicou Wagner em um dos dias de filmagem, em junho de 2011.
Entre os outros latinos em destaque nesta edição do festival, estão Violeta se Fue a Los Cielos, coprodução entre Chile, Argentina, Brasil e Espanha. E o argentino O Último Elvis, de Armando Bos. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis

Estão abertas até 18 de março as inscrições para a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, um dos mais importantes festivais do segmento no Brasil. A 11ª edição do evento ocorre de 29 de junho a 15 de julho no Teatro Governador Pedro Ivo Campos, na capital catarinense.
Podem participar da seleção, produções nacionais de todos os gêneros e formatos, direcionadas ao público infanto-juvenil e inéditas em Santa Catarina. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.mostradecinemainfantil.com.br . Este ano todo o processo será online, inclusive o envio dos filmes. As obras selecionadas serão divulgadas no final do mês de maio. O Melhor Filme eleito pelo Júri Oficial e o Melhor Filme escolhido pelo público infantil receberão o prêmio aquisição da TV Brasil no valor de 10 mil reais.
Além dos curtas nacionais na Mostra Competitiva, a programação do evento traz curtas e longas-metragens internacionais, médias e longas brasileiros nas mostras especiais não-competitivas e pré-estreias. “É o resultado de um ano de muito trabalho e pesquisa, pois fizemos parcerias com vários festivais do Brasil e exterior”, salienta Luiza Lins, diretora da Mostra e idealizadora do projeto.
Nessa edição do evento ocorre o 8ª Encontro Nacional de Cinema Infantil, o 5º Fórum de Cinema e Cidadania, o Pitching, em parceria com o Festival Internacional de Cinema Infantil, oficinas para crianças e professores da rede pública e o Projeto Escola, que oferece transporte para as crianças das escolas públicas até à sala de cinema do festival.
A Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis é uma realização da Lume Produções Culturais com apoio do Núcleo de Ação Integrada e patrocinadores.

Cinematographo

Com o objetivo de resgatar a atmosfera das primeiras sessões de cinema, em que as projeções de filmes mudos eram acompanhadas por trilha sonora executada ao vivo, o MIS promove o projeto mensal Cinematographo.
Na primeira edição de 2012, o MIS traz ao palco do Auditório a banda de jazz contemporâneo África lá em Casa, que irá realizar um acompanhamento musial ao vivo de curtas-metragens do diretor Max Linder, considerado pai da primeira geração de comediantes do cinema de comédia americano.
Serão exibidos os curtas-metragens La legende de Polichinelle (1907), Le premier cigare d´un collegian (1908), Max et la doctoresse (1909), Max prend um bain (1910), Max veut grandir (1912), Max boxeur par amour (1912), Max professeur de tango (1914), Max est décoré (1914) e Max fait des conquêtes (1913), nos quais a banda, composta pelos músicos Roger Brito (trompete), Arnaldo Duarte (bateria) e Guilherme Chiappetta (baixo), convida o pianista e compositor Anselmo Mancini para acompanhar a trilha sonora ao vivo.

Sobre o diretor

A linguagem cinematográfica de Max Linder se utilizava de poucos cenários, quando não um único. Sua comicidade não se baseava em oscilação de extremos e no burlesco, mas sim, pelo movimento e uma fina observação psicológica na criação da personagem.
Após desenvolver e estudar diferentes personagens, Linder encontrou seu “alter-ego cinematográfico” na figura dramática de Max, um homem urbano de chapéu e terno elegantes que, constantemente, se dava mal por ser um típico bon vivant e viver atrás de belas garotas. Com a criação desta personagem, Linder se tornou uma figura cômica, considerada a primeira reconhecível ao público da história do cinema.

Sobre a banda

África Lá em Casa é um banda de jazz contemporâneo com influências do rock e das músicas brasileira, eletrônica e erudita. O grupo tem como base o improviso e cria texturas sonoras que guiam os caminhos das composições.
O projeto da banda, que nasceu com o intuito de criar um som autoral e único, que represente a época e o contexto social em que estão inseridos, surgiu em 2006 e, hoje, já conta com quatro álbuns lançados. Suas maiores influências vão de Miles Davis a Stravinsky, passando por Egberto Gismonti, Jimi Hendrix e Dave Holand. A cada show, os músicos Roger Brito (trompete), Arnaldo Duarte (bateria) e Guilherme Chiappetta (baixo), recebem convidados para agregar novos tons, ritmos e texturas às composições. Além disso, o grupo é essencialmente multimídia e busca transgredir as fronteiras que separam as artes criando, assim, um espetáculo poeticamente híbrido.

Quando?
22  de janeiro de 2012 às 16h

Onde?
auditório MIS

Custa?
R$ 4,00 (50% de desconto para estudantes) 

Ingressos à venda na Recepção MIS ou através do site: www.ingressorapido.com.br

Abertas as inscrições para o 2º Curta MIS

O Museu da Imagem e do Som de São Paulo – MIS-SP recebe inscrições até 2 de março para a segunda edição do projeto Curta MIS. Serão selecionados de três a cinco curtas-metragens inéditos para exibição mensal no auditório do museu.
 A seleção será realizada através de uma convocatória a ser consultada no site www.mis-sp.org.br . Podem ser inscritos filmes de todos os gêneros e formatos, desde que sejam inéditos e tenham sido finalizados a partir de junho de 2010. Somente candidatos residentes em todo o Estado de São Paulo podem participar.
O programa tem como objetivo tornar o MIS-SP um espaço permanente de divulgação para esse tipo de produção. Em sua primeira edição realizada em 2011 foram exibidos dez novos títulos.
Outra informações no site do www.mis-sp.org.br.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Novo filme de Woody Allen ganha data de estreia no Brasil


A Paris Filmes divulgou seu cronograma de estreias em 2012 e incluiu a produção. A companhia foi a responsável pelos lançamentos dos dois últimos filmes do cineasta (Você Vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos e Meia Noite em Paris) no circuito brasileiro e, pelo visto, quer continuar trabalhando com os projetos dele. O elenco conta com as presenças de Jesse Eisenberg, Penélope Cruz (foto), Alec Baldwin, Ellen Page, Roberto Benigni, Judy Davis e do próprio Allen, que não é visto em cena desde Scoop - O Grande Furo.
Ainda sem título em português, Nero Fiddled chega aos cinemas do Brasil no dia 1º de junho de 2012. Se não mudar de data até lá, estreará por aqui poucos dias após o Festival de Cannes, cuja próxima edição acontece entre os dias 16 e 27 de maio. O longa ainda não foi confirmado no evento, mas tem sido muito comum Allen lançar suas produções na Riviera francesa.

Concurso Oswaldo Montenegro - Pareidolia

Rafael Santinelli (ex aluno do NAVV) participou  no concurso de clipes do Oswaldo Montenegro; com um vídeo muito legal. Confira o resultado: