Quando Rodrigo Santoro recebeu o convite para fazer parte do elenco de "Reis e ratos", Selton Mello, o primeiro ator a aceitar fazer parte do filme de Mauro Lima e que ajudou a convocar amigos para o projeto, perguntou: "Vamos brincar? Vamos fazer um exercício bacana?".
Esse foi o espírito da equipe que participou do longa que estreia no dia 17 de fevereiro nos cinemas. Com cachês simbólicos e sem data para serem pagos, Santoro, Selton, Otávio Müller, Cauã Reymond e o restante do grande elenco interromperam suas agendas por 17 dias em 2009 para gravar (e se divertir) com a comédia com pitadas de história (há fatos da Guerra Fria e do golpe militar de 1964) e sátiras de produções hollywoodianas.
"Foi um filme de brother", contou Cauã durante encontro com a imprensa nesta terça-feira (24), em um hotel no Rio de Janeiro. "Essa foi a proposta desde o início. Com certeza não aceitamos pelo cachê", completou Santoro, que em breve será visto em "What to expect when you're expecting" ao lado de Jennifer Lopez.
Curiosamente, os dois vivem personagens que fogem do estereótipo de galãs a que estão acostumados. O primeiro aparece com um aspecto asqueroso. Com uma maquiagem caprichada nas cicatrizes, dentes (podres) falsos e até uma baba recorrente no canto da boca, Santoro dá vida ao personagem que melhor se encaixa ao "rato" do título. Viciado em anfetaminas, cafetão, trambiqueiro, Roni Rato é um "típico meliante", como ele mesmo define.
"Foi ótimo (viver a transformação). Pesquisei a droga, vi que todos ficam com o dente podre em dois meses, acabados. Queria mostrar quem era o Roni Rato, um meliante, que vivia ali no buraco, ladrãozinho, que agencia mulher”, contou.
Ao contrário do amigo, Cauã não mudou muito o visual que o ajudou a conquistar beldades como Grazi Massafera, sua mulher, e Alinne Moraes, a ex. Apenas um pequeno bigode, moda da época – o filme remete aos anos 60 – está diferente em sua aparência, mas o sex appeal do médium e locutor de rádio Hervê Gianini fica comprometido por dois detalhes.
Primeiro, pela indecisão quanto à sua sexualidade. Sua voz faz sucesso com as mulheres (o ator diz que fez fonoaudiologia e ouviu exaustivamente a gravações do repórter Esso para o papel), mas Hervê exibe trejeitos afeminados e dispensa a gratidão da bela crooner Amélia Castanho (Rafaela Mandelli), cuja a vida salva duas vezes com suas previsões mediúnicas.
Além disso, vive a receber espíritos que o transformam ora em um espião russo, ora em um guerreiro cossaco, entre outros tipo nos quais o cômico impera sobre o sedutor. Interpretar a mediunidade, aliás, foi uma curiosa dificuldade para o ator: "Sou um cagão. Ouço muito barulho, aí começo a rezar", confessa.
Amigo e parceiro de trabalho de Mauro Lima, com quem trabalho em "Meu nome não é Johnny" (2008), Selton Mello vive o estereotipado agente da CIA Troy Somerset, parceiro do major Esdras (Otávio Müller). Dublador profissional dos 12 aos 20 anos, ele atua como se dublasse a si mesmo. "Faço um americano falastrão. Não queria fazer aquele sotaque de gringo típico", conta.
O filme, realizado com cenário e figurinos de segunda mão (grande parte da produção de "O bem amado"), conta a história que antecede o golpe de 64 através do ponto de vista de personagens fictícios, todos de alguma maneira ligados à conspiração. "Queria um lado sedutor de um grupo de canalhas que estavam ali na véspera do golpe de estado. Mas queria também que a história do Brasil não fosse delirante no filme. Os personagens são inventados, aquilo tudo é loucura. Mas os elementos estão todos lá, se você botar no Google, vai ver que são reais", explica Mauro Lima.
Seu Jorge, Paula Burlamaqui, Kiko Mascarenhas e Bel Kutner também estão no elenco. Marcelo Adnet e Gregório Duvivier fazem participação especial, no início do longa, quando um atentado a bomba explode o coreto de uma praça em Bacaxá. A música tema foi composta por Caetano Veloso especialmente para o filme.
Esse foi o espírito da equipe que participou do longa que estreia no dia 17 de fevereiro nos cinemas. Com cachês simbólicos e sem data para serem pagos, Santoro, Selton, Otávio Müller, Cauã Reymond e o restante do grande elenco interromperam suas agendas por 17 dias em 2009 para gravar (e se divertir) com a comédia com pitadas de história (há fatos da Guerra Fria e do golpe militar de 1964) e sátiras de produções hollywoodianas.
"Foi um filme de brother", contou Cauã durante encontro com a imprensa nesta terça-feira (24), em um hotel no Rio de Janeiro. "Essa foi a proposta desde o início. Com certeza não aceitamos pelo cachê", completou Santoro, que em breve será visto em "What to expect when you're expecting" ao lado de Jennifer Lopez.
Curiosamente, os dois vivem personagens que fogem do estereótipo de galãs a que estão acostumados. O primeiro aparece com um aspecto asqueroso. Com uma maquiagem caprichada nas cicatrizes, dentes (podres) falsos e até uma baba recorrente no canto da boca, Santoro dá vida ao personagem que melhor se encaixa ao "rato" do título. Viciado em anfetaminas, cafetão, trambiqueiro, Roni Rato é um "típico meliante", como ele mesmo define.
"Foi ótimo (viver a transformação). Pesquisei a droga, vi que todos ficam com o dente podre em dois meses, acabados. Queria mostrar quem era o Roni Rato, um meliante, que vivia ali no buraco, ladrãozinho, que agencia mulher”, contou.
Ao contrário do amigo, Cauã não mudou muito o visual que o ajudou a conquistar beldades como Grazi Massafera, sua mulher, e Alinne Moraes, a ex. Apenas um pequeno bigode, moda da época – o filme remete aos anos 60 – está diferente em sua aparência, mas o sex appeal do médium e locutor de rádio Hervê Gianini fica comprometido por dois detalhes.
Primeiro, pela indecisão quanto à sua sexualidade. Sua voz faz sucesso com as mulheres (o ator diz que fez fonoaudiologia e ouviu exaustivamente a gravações do repórter Esso para o papel), mas Hervê exibe trejeitos afeminados e dispensa a gratidão da bela crooner Amélia Castanho (Rafaela Mandelli), cuja a vida salva duas vezes com suas previsões mediúnicas.
Além disso, vive a receber espíritos que o transformam ora em um espião russo, ora em um guerreiro cossaco, entre outros tipo nos quais o cômico impera sobre o sedutor. Interpretar a mediunidade, aliás, foi uma curiosa dificuldade para o ator: "Sou um cagão. Ouço muito barulho, aí começo a rezar", confessa.
Amigo e parceiro de trabalho de Mauro Lima, com quem trabalho em "Meu nome não é Johnny" (2008), Selton Mello vive o estereotipado agente da CIA Troy Somerset, parceiro do major Esdras (Otávio Müller). Dublador profissional dos 12 aos 20 anos, ele atua como se dublasse a si mesmo. "Faço um americano falastrão. Não queria fazer aquele sotaque de gringo típico", conta.
O filme, realizado com cenário e figurinos de segunda mão (grande parte da produção de "O bem amado"), conta a história que antecede o golpe de 64 através do ponto de vista de personagens fictícios, todos de alguma maneira ligados à conspiração. "Queria um lado sedutor de um grupo de canalhas que estavam ali na véspera do golpe de estado. Mas queria também que a história do Brasil não fosse delirante no filme. Os personagens são inventados, aquilo tudo é loucura. Mas os elementos estão todos lá, se você botar no Google, vai ver que são reais", explica Mauro Lima.
Seu Jorge, Paula Burlamaqui, Kiko Mascarenhas e Bel Kutner também estão no elenco. Marcelo Adnet e Gregório Duvivier fazem participação especial, no início do longa, quando um atentado a bomba explode o coreto de uma praça em Bacaxá. A música tema foi composta por Caetano Veloso especialmente para o filme.
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